ROTANEWS176 E POR SOCIENTIFICA 15/10/2020 14:01 Por Amanda dos Santos
A evidência da viagem está nas pegadas fossilizadas e em mais evidências descobertas no Parque Nacional White Sands, do Novo México e em 2018, relata a estação de TV de Albuquerque, KRQE.
Reprodução/Foto-RN176 Pegadas de um adulto e de uma criança na superfície de uma praia no Parque Nacional White Sands. (National Park Service)
Perto do final do Pleistoceno – entre 11.550 e 13.000 anos atrás – humanos e animais deixaram centenas de milhares de rastros na lama, ao longo da costa do que já foi o Lago Otero.
O novo artigo investiga um conjunto específico de trilhas e observa os detalhes nas formas de pegadas que revelam o peso do viajante, que mudava conforme ele movia a criança.
É possível ver a evidência do transporte no formato das faixas, escrevem os coautores do estudo Matthew Robert Bennett e Sally Christine Reynolds, ambos da Bournemouth University, na Inglaterra.
Portanto, eles são mais largos devido à carga, mais variados na morfologia e, muitas vezes, com uma característica ‘forma de banana’ (causado pela rotação externa do pé).
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Em alguns pontos ao longo da jornada, as pegadas de criança também aparecem. Provavelmente no momento em que o andador colocou a criança para descansar ou ajustar sua posição.
História contada através das pegadas
Reprodução/Foto-RN176 das pegadas nesta paisagem da era do gelo. (Karen Carr)
Durante a maior parte da viagem, a viajante mais velha carregou a criança em uma velocidade de cerca de 6,1 quilômetros por hora.
Ou seja, um ritmo impressionante considerando as condições lamacentas.
Bennett e Reynolds contam essa história através de cada faixa. Eles sabem onde aconteceu algum deslize e se outro trecho foi percorrido para evitar uma poça, por exemplo.
Sabem também dizer se o solo estava molhado e escorregadio de lama e que os viajantes caminhavam em alta velocidade, o que seria exaustivo.
E na viagem de volta, o adulto ou adolescente retornou sozinho pelo mesmo caminho. Provavelmente, o adulto levou a criança para um local seguro.
As pegadas fossilizadas também mostram que ao menos dois grandes animais cruzaram os rastros humanos. Preguiças deixaram impressões que sugerem que o animal sabia da existência de humanos por ali, por empinar as patas traseiras para farejar o possível perigo.
E um mamute também atravessou esses trilhos, porém sem dar sinais de ter notado a presença de humanos.
O Parque Nacional White Sands tem a maior coleção de rastros de humanos e animais da Idade do Gelo do mundo.