Pela felicidade de todos

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  09/12/2021 07:45

REDAÇÃO/CIDANIA GLOBAL

Reprodução/Foto-RN176 Caroline Hada – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI

Caroline Hada é natural de São Paulo, SP, mas mora em Buenos Aires há nove anos. Cheia de coragem, mudou-se para a capital da Argentina, aos 18 anos, decidida a criar a própria história e a partir de suas próprias experiências. Hoje, moradora do bairro de Palermo, ela considera ter se adaptado muito bem desde que chegou ao país, o que facilitou seu empenho na Divisão Feminina de Jovens (DFJ) na SGI-Argentina.

No Brasil, Caroline se dedicava, de forma intensa, efetivamente ao grupo horizontal. “Eu fazia parte do Coral Esperança do Mundo (CEM), mas decidi que iria para a Nova Era Kotekitai (banda composta por integrantes da Divisão Feminina de Jovens [DFJ], atualmente chamada Asas da Paz Kotekitai). Na época, eu era líder de bloco, mas também atuava na banda tocando na percussão. Como queria aprender outro instrumento, escolhi o trompete.” Esse episódio, de certa maneira, marca uma nova fase para ela, pois foi bem nessa ocasião que se mudou para o exterior.

Porém, um pouco antes da mudança, depois de se formar do ensino médio, a jovem passou cerca de um ano morando no município de Campinas, SP, e tentou diversas vezes o vestibular em capitais diferentes, visando conquistar uma vaga numa universidade pública para o curso de cinema. Após a virada do ano de 2012 para 2013, Caroline dialogou com Aline, uma amiga brasileira que já morava em Buenos Aires e havia se mudado com o intuito de se graduar em cinema. “Ela me contou como era a atuação na organização na Argentina e a rotina na faculdade e decidi que iria para lá também. ‘Vou’, simplesmente decidi.”

Resolvida, Caroline dialogou com os pais, que prontamente a apoiaram.

Reprodução/Foto-RN176 Com a família no Centro Soka de Mujeres por la Paz – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI

“Eu me informei sobre todos os detalhes para ingressar na faculdade, que era pública e com foco em arquitetura, urbanismo e design. Sabia que vinha para ficar por alguns anos, mas não imaginava que o ingresso seria tão difícil, pois é necessário cursar uma série de disciplinas comuns antes de começar as específicas do curso. Além disso, mudei sem saber falar o idioma espanhol”, conta Caroline, que começou a estudar as matérias do curso de design de imagem e som a partir de 2016. Agora, falta um ano para ela se formar.

Sempre em prol do kosen-rufu

Na SGI-Argentina, Caroline se esforça como líder da DFJ da Região 4 (equivalente ao nível de Regional da BSGI) e é membro do grupo Byakuren (que corresponde ao Cerejeira, grupo de bastidor da DFJ, no Brasil) desde que chegou ao país. Ela conta que no início foi desafiador, pois cada organização possui características próprias. Porém, conforme orienta o presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Dr. Daisaku Ikeda, sempre respeitando a cultura e os costumes locais. Outro ponto que causou “estranheza” foi o nível de realização das atividades: “No Brasil, estava habituada a me dedicar mais próxima da minha realidade, no bloco, perto de onde morava, mas aqui a atuação em prol do kosen-rufu tem um perfil pioneiro, desbravador, mais ligado à sede central. Vi a organização, em especial a Divisão dos Jovens (DJ), crescer bastante e as atividades passarem a focar mais nos blocos, em cada região”.

Reprodução/Foto-RN176 Caroline com integrantes do grupo Byakuren no Centro Cultural de Jóvenes Maestro Daisaku Ikeda – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI

Caroline diz que buscou conhecer seu bloco e, mesmo considerando que o perfil da luta naquele momento fosse mais centralizado na promoção de grandes atividades, queria atuar diretamente com os membros. E foram muitos os momentos marcantes, mas, destacando um deles, ela relembra o início do curso, época em que foi nomeada líder de bairro (corresponde a líder de comunidade/distrito no Brasil). “Para mim, foi o momento de ‘É agora ou nunca!’. Ainda tinha certa dificuldade com o idioma, entretanto, com a oportunidade de atuar como líder, esforcei-me ainda mais para me desenvolver em todos os aspectos da minha vida. Eu era líder e precisava me sentir feliz em estar ali e poder apoiar as meninas da organização.”

Caroline relata ainda que percebeu que a relação com Ikeda sensei se desenvolveu muito mais, inclusive por ela ter aproveitado para estudar intensamente as orientações dele, bem como os escritos de Nichiren Daishonin. “Estava só e precisava me esforçar. Abracei ainda mais o Mestre e a Gakkai e venci as dificuldades. Foi uma questão de decisão mesmo. Se atuo pela felicidade de tantas pessoas, precisava me sentir feliz também.”