Pelas mãos e pelo coração de Ikeda sensei

ROTANEWS176 26/04/2025 12:00                                                                                                                            ESPECIAL DIRETO DA REDAÇÃO DO JORNAL SEIKYO SHIMBUN

 

Reprodução/Foto-RN176 Acima, aos 32 anos, Ikeda sensei desbrava fronteiras, em sua primeira visita ao Brasil em 1960. Ele foi um filósofo, escritor, fotógrafo, poeta e líder budista da SGI atualmente era o Mestre e Presidente da Soka Gakkai Internacional — Foto: Seikyo Press

1960: a primeira visita abrindo caminhos

“Contudo, eu irei!” Como não relembrar esse brado de vida do presidente Ikeda? Foi em outubro de 1960, em sua primeira viagem ao exterior e após visitar o Canadá e os Estados Unidos, que sensei, mesmo com saúde debilitada, não recuou de sua decisão e veio ao Brasil. Assim, o Mestre selou, com convicção, o início da história da BSGI, fundada por ele em 19 de outubro daquele ano. E também o sonho de ver materializada uma publicação que unisse num só coração os membros da distante organização no Brasil, na época formada por imigrantes japoneses.

Surge o Nova Era, aproximando os brasileiros

Cinco anos depois, esse hiato foi preenchido com o surgimento do Nova Era, com estudos e encorajamentos do Mestre publicados uma vez por mês.

Na BSGI, o número de membros no início de 1965 girava em torno de 2.500 famílias. Essa quantidade cresceu para 5.600 em agosto e no fim do ano chegou a 6.800 famílias. Nos dois primeiros meses de 1966, foram realizados mais 1.200 shakubuku, totalizando 8 mil famílias. Todos de coração preparado para receber sensei em sua segunda visita ao país.

Seja bem-vindo, Presidente era o título da edição 12 do Nova Era, de 15 de março de 1966, seguido da matéria: “Nosso presidente está diante dos nossos olhos. Ele esteve aqui há cinco anos e meio e construiu esta nossa organização. (…) Vamos seguir sensei por toda a vida”.

O presidente Ikeda desembarcou no Rio de Janeiro em 10 de março de 1966, acompanhado de sua esposa, Kaneko. Desde 1964, o Brasil vivia sob regime militar. Os cinco dias da segunda visita dele transcorreram sob constante vigilância policial em consequência de informações distorcidas sobre a Soka Gakkai.

Ocorreram dois grandes eventos: o Festival Cultural da América do Sul, realizado no dia 13 de março no Theatro Municipal de São Paulo, com a presença de 1.700 figurantes de várias localidades do Brasil, e o encontro com 5 mil pessoas num ginásio de esportes em São Paulo, SP. Todo o empenho dos membros da BSGI daquele período resultou na inauguração de uma sede própria; atual Sede Social da Divisão Feminina, em São Paulo.

Em 15 de abril daquele ano, na edição número 13, o periódico passa a ser chamado Brasil Seikyo (BS), denominação concedida pela confiança do Mestre. No ano seguinte, 1967, BS deixa de ser um boletim interno e passa a ser um jornal semanal, com seis páginas, sendo duas em japonês; e, no fim do ano, é distribuído com oito páginas, sendo quatro no idioma japonês.

A vitória gloriosa de mestre e discípulo

1984: o sonho torna-se realidade finalmente

Reprodução/Foto-RN176 Ikeda sensei é saudado com uma vibração que estremeceu o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, SP. Ele foi um filósofo, escritor, fotógrafo, poeta e líder budista da SGI atualmente era o Mestre e Presidente da Soka Gakkai Internacional — Foto: Seikyo Press

Dezoito anos depois, em 25 de fevereiro de 1984, na edição 791, BS noticia a terceira visita e estampa: Feliz Regresso! Presidente da SGI Chega ao Brasil. A Emoção do Sonho Realizado, 19 de Fevereiro de 1984. O texto dizia: “Quer queira ou não os que não acreditavam, o presidente Ikeda pousou em terras brasileiras […] e suas primeiras palavras foram: ‘Eu estou feliz’”.

A ocasião não poderia ser mais festiva. O dia 19 de fevereiro de 1984 preenchia um espaço no coração dos membros brasileiros após dezoito anos de espera. Ao contrário do que havia acontecido na visita anterior, em 1966, desta vez, ele foi recebido com homenagens pelos governantes brasileiros. O próprio presidente da República na época enviou uma carta convidan-do o presidente Ikeda a visitar o Brasil.

Ikeda sensei e comitiva permaneceram por onze dias no país, com uma agenda que incluiu encontros com autoridades, dispondo de tempo para incentivar os membros calorosamente. Ele surpreendeu milhares de pessoas ao aparecer no ensaio geral que estava acontecendo no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, SP, no dia 25 de fevereiro, para o 1o Festival Cultural e Esportivo da SGI. O ginásio estremeceu com a estrondosa salva de palmas e o alegre “pique-pique” ecoou alto. O mesmo se deu ao ser entoada Saudação a Sensei, a canção da vitória total.

1993: a inesquecível quarta visita do Mestre

Na quarta visita de Ikeda sensei em 1993, o clima era de festa e emoção. Uma grande equipe foi destacada e várias edições publicadas em intervalos curtos de tempo. A primeira delas, edição 1.210, de 10 de fevereiro, destacava: Presidente Ikeda Chega ao Rio de Janeiro. Nos dias que se seguiram, apresentavam títulos que uniam os brasileiros num mesmo ritmo: Presidente Ikeda Profere Discursos Históricos na ABL e na UFRJRio de Janeiro é o Primeiro do MundoPresidente Ikeda, Seja bem-vindo a São PauloBrasil é o Palco da 16ª Convenção da SGIPresidente da SGI Realiza Visita Inédita ao Masp. Depois da publicação de várias matérias, fotos e uma emoção que transbordava de suas páginas, veio o título final na edição 1.218, de 13 de março: Após Inúmeras Atividades no Brasil, o Presidente da SGI Parte Dia 8.

Com o desenvolvimento da organização, em 1987, Brasil Seikyo passa a ter dez páginas totalmente em português. Sensei enviou significativas mensagens de incentivo. (…) “Espero que o Brasil Seikyo possa prosperar ainda mais para corresponder à exigência da época, tornando-se um jornal a divulgar a rica sabedoria e a esperança do povo brasileiro”. Assim encorajou o Mestre no marco dos trinta anos do BS, mensagem veiculada na ed. 1.318, 6 maio 1995, p. 2.

Nunca mais a BSGI foi a mesma. Nem o Brasil Seikyo.

Desperta nossa coragem

Reprodução/Foto-RN176 A jovem Naghimi, em Curitiba, cidade na qual atua em busca dos sonhos

“Ikeda sensei sempre incentiva os jovens a sonhar alto e a pensar com grandeza. Nesse sentido, as orientações dele que lemos nos periódicos são muito importantes para nos mostrar que não existe nenhum objetivo impossível e nenhuma oração sem resposta. Independentemente da circunstância que estejamos vivendo ou das dificuldades que possam aparecer em nosso caminho, sempre há uma palavra de conforto e um encorajamento para sairmos da inércia e partirmos para a ação. Isso nos possibilita reconhecer nosso potencial inerente para superar limites, fazendo com que possamos ver além da escuridão momentânea, e transformar a vida. Dessa forma, conseguimos inspirar outras pessoas a vencer também. Isso é maravilhoso!”

Naghimi Hiromi Chales,

25 anos, vice-responsável pela Juventude Soka de bloco, Curitiba, PR, CRE Paraná

Uma vida de plenitude

Reprodução/Foto-RN176 Raimunda sorridente ao ler o BS, junto com a família harmoniosa que conquistou

“Vim do interior do Tocantins para Brasília, DF, em 1981. Tenho 35 anos de prática. O início foi desafiador, mas sempre me ensinaram a não medir esforços. Sou assinante e leitora, não perco as atividades. Oro com sinceridade. Dessa maneira, concretizei todos os meus sonhos e objetivos; tenho uma família harmoniosa e todos praticam.

Brasil Seikyo é para mim uma bússola, um norte onde encontro tudo o que quero ouvir, pois sinto que estou sempre perto de Ikeda sensei. Quando estou triste ou angustiada, é nele que busco conforto e refúgio. Gosto muito dos relatos de experiência dos companheiros do Brasil afora. E me sinto realizada por ter cumprido minha missão dignamente como jovem. Hoje posso me dedicar à minha família e às atividades da minha amada Soka Gakkai, com grande orgulho. Eterna gratidão a Ikeda sensei!”

Raimunda Gomes de Oliveira, 56 anos, responsável pela Divisão Feminina de área, Brasília, DF, CRE Oeste

FONTE: JORNAL SEIKYO SHIMBUN