ROTANEWS176 E IG 27/10/2017 17:37
O trabalho contou com 2.500 agentes, que buscavam criminosos responsáveis pela invasão da Rocinha. Líderes não foram presos
Reprodução/Foto-RN176 Policiais fecharam vias e revistaram quem entrava e saia das comunidades- Repordução/TV Globo
Ao menos 16 pessoas foram presas, a maioria em flagrante, em uma operação conjunta das Forças Armadas e das polícias estaduais em comunidades do centro do Rio, o Complexo do São Carlos e o Morro da Mineira. A ação tinha o objetivo de prender suspeitos que teriam participado da invasão da favela da Rocinha, na zona sul da cidade, em setembro.
No entanto, os principais alvos da operação no Rio de Janeiro não foram presos. Marcelo Bernardino da Fonseca, o Limão da 40, apontado como chefe da quadrilha que controla o comércio de drogas no Morro de São Carlos, e Leonardo Miranda da Silva, o Léo Empada, braço-direito de Limão da 40 e líder da tentativa invasão da Rocinha, conseguiram fugir.
A megaoperação contou com 2.500 policiais participaram da ação. Os soldados e policiais fecharam ruas e revistaram pessoas que entravam nas comunidades. Além disso, o espaço aéreo da região foi fechado.
“As investigações continuam. Certamente, teremos novas ações das forças estaduais com o apoio do governo federal, que não se esgotam neste momento”, disse o subsecretário de Comando e Controle da Secretaria Estadual de Segurança, Rodrigo Alves.
Ao todo, mais de 4.200 alunos de seis escolas e dez creches da rede municipal ficaram sem aulas nesta manhã por causa dos tiroteios e risco de confrontos armados na região central.
Até agora, a mobilização das Forças Armadas no Rio de Janeiro cerca de 25 milhões de reais, de julho até esta sexta-feira, segundo o Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança no Rio.. O plano prevê gastos de até R$ 47 milhões.
Histórico de violência
Reprodução/Foto-RN176 O tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira morreu em um atentado a tiros na manhã desta quinta-feira, no Rio- Divulgação/PMRJ
Confrontos e tiroteios na Rocinha têm sido rotineiros desde setembro, devido à disputa pelos pontos de venda de drogas da comunidade entre dois grupos criminosos rivais e à presença da polícia no local.
Além disso, as prisões acontecem um dia depois de varreduras pelas ruas de comunidades do bairro do Lins de Vasconcelos, que tinham o objetivo de encontrar e prender os criminosos que mataram o comandante da PM, o tenente-coronel Luiz Gustavo Pereira. Mesmo sem prisões no caso, a polícia anunciou nesta sexta-feira que identificou um dos suspeitos .
Na semana passada, uma turista espanhola foi morta por policiais na favela da Rocinha, durante um bloqueio. Ela fazia um passeio pelo comunidade e os policiais dizem que o carro em que ela estava não parou depois de abordado.
*com informações da Agência Brasil e TV Globo