ROTANEWS176 E POR OLHAR DIGITAL 27/02/2022 12h36 Por Edson Kaique Lima
Um professor do Instituto Internacional de Estudos Middlebury, em Monterrey, na Califórnia, usou uma metodologia diferenciada para acompanhar a invasão da Rússia à Ucrânia. Jeffrey Lewis, que é especializado em armas e não proliferação, tem usado o Google Maps para acompanhar a guerra.
Usando imagens do serviço, Lewis e uma equipe de estudantes observam imagens captadas do espaço para acompanhar o fluxo de veículos militares e tropas da Rússia. O aplicativo já foi usado para acompanhar a movimentação de uma unidade blindada em direção à fronteira com a Ucrânia.
Pesquisadores ‘previram’ invasão
Lewis e sua equipe usaram informações de tráfego do Google Maps, combinadas com uma imagem de radar que mostrava tropas russas. Isso permitiu que o professor e sua equipe percebessem que a invasão estava em andamento antes mesmo do anúncio de Vladimir Putin.
“Antigamente, teríamos contado com um repórter para nos mostrar o que estava acontecendo no terreno”, disse Lewis. “E hoje, você pode abrir o Google Maps e ver pessoas fugindo de Kiev”, completou o pesquisador.
Para Lewis, suas investigações apontam como o Google Maps pode ser uma ferramenta importante para apontar qual a real situação de pessoas que sofrem em zonas de conflito. O serviço pode, por exemplo, apontar zonas invadidas ou bombardeadas com base no fluxo de pessoas rumo a determinado local.
Ferramenta para civis
A ferramenta também é uma ferramenta importante para civis, já que permite procurar por abrigos antiaéreos caso soe uma sirene em uma cidade. A Embaixada da Índia, por exemplo, deu essa orientação para cidadãos ou estudantes que ainda estão em território ucraniano.
Assim como outros aplicativos, como o Waze, o Google Maps rastreia a localização de smartphones em tempo real, em geral, para apontar quais são os melhores caminhos para fugir de congestionamentos. Porém, esses aplicativos também contam com recursos “ocultos”, como alertas de emergência.