AGÊNCIA BRASIL E ROTANEWS176 06/05/2017 20h29
LAVA JATO
Pelo terceiro dia consecutivo, manifestantes se reuniram hoje (6) em frente ao edifício onde mora o ex-ministro José Dirceu, no bairro Sudoeste, em Brasília. O ato começou por volta das 18h, convocado pelo movimento Rua Brasil e Bloco Brasil, e reuniu cerca de 20 pessoas, que batiam panelas e gritavam ofensas ao ex-ministro.
Reprodução/Foto-RN176 O ex-ministro José Dirceu foi alvo de protestos em Brasília Foto: Agência Brasil
A Polícia Militar (PM) foi acionada para acompanhar o protesto. A PM recebeu chamada de morador incomodado com o barulho. Foi feito um acordo com os manifestantes para o ato acabasse às 20h.
Segundo moradores e funcionários do edifício, Dirceu saiu de casa por volta das 10h e não retornou. O apartamento permaneceu com as luzes apagadas. O ex-ministro teria se mudado hoje (6). Procurado, o advogado de Dirceu, Roberto Podval, não confirmou a informação.
Tornozeleira
Manifestações ocorrem no local desde quinta-feira (4) quando o ex-ministro José Dirceu chegou a Brasília, onde permanecerá sendo monitorado com o uso de tornozeleira eletrônica. Dirceu estava preso no Complexo-Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, desde 2015.
Em maio do ano passado, José Dirceu foi condenado a 23 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Na sentença, Moro manteve a prisão preventiva. Posteriormente, o ex-ministro da Casa Civil teve a pena reduzida para 20 anos e 10 meses. Ele foi acusado de receber mais de R$ 48 milhões por meio de serviços de consultoria, valores que seriam oriundos de propina proveniente do esquema na Petrobras.
A soltura foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (2), durante julgamento da Segunda Turma da Corte, que aceitou pedido de habeas corpus feito pela defesa de Dirceu.
Os advogados sustentaram que o ex-ministro estava preso ilegalmente e que ele deve cumprir medidas cautelares diversas da prisão. Os advogados também argumentam que Dirceu não oferece riscos à investigação por já ter sido condenado e a fase de coleta de provas ter acabado.