Procuradoria Geral de Angola fecha templos da Igreja Universal após acusações de irregularidades

ROTANEWS176 E POR RD1 16/08/2020 13:06

Reprodução/Foto-RN176 Procuradoria Geral de Angola fecha templos da Igreja Universal, de Edir Macedo, em três cidades (Imagem: Reprodução / Instagram)

A Procuradoria Geral da República de Angola fechou templos da Igreja Universal do Reino de Deus, de propriedade de Edir Macedo, também dono da Record, nas cidades de Luanda, Viana e Cazenga. A operação deflagrada nesta sexta-feira (14) faz parte da investigação que apura irregularidades realizadas pelas instituições.

Segundo a revista Veja, as medidas analisam se a Igreja Universal cometeu acusações como discriminação racial, imposição de vasectomia, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As igrejas interditadas estão sob responsabilidade do Instituto Nacional dos Assuntos Religiosos (INAR), entidade vinculada ao Ministério da Cultura, até que uma decisão judicial seja, enfim, tomada.

Em comunicado emitido pela PGR, as autoridades atribuem as apreensões como resultado “do fato de existirem nos autos indícios da prática dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal, exportação ilícita de capitais, abuso de confiança e outros ilícitos”.

A primeira Igreja Universal foi fundada em Angola. A chegada dos evangélicos se deram através de dois grupos antagônicos. Um primeiro formado, por brasileiros e angolanos ligados a Edir Macedo e ao líder em Angola, o bispo Honorilton Gonçalves; e outro, de pastores angolanos dissidentes liderado pelo bispo Valente Bezerra Luís – estes chamados de “comissão reformada” da Universal.

O segundo grupo publicou uma ata no fim de julho de uma assembléia-geral no Diário Oficial na qual formalizava a destituição da liderança brasileira como instituição religiosa. Os membros pró-Macedo reagiram afirmando que o documento não teria validade.

O presidente Jair Bolsonaro tentou intervir formalizando um pedido para o presidente de Angola João Manuel Lourenço, para que os líderes brasileiros não sofressem nenhuma violência por parte dos seus rivais. Porém, o governo angolano decidiu manter as investigações.