ROTANEWS176 E POR SPORTLIFE 10/05/2023 11:30 Por Guilherme Faber
É a substância identificada em todos os tipos de células.
Reprodução/Foto-RN176 Proteína – Shutterstock
Resumidamente, a proteína consiste em moléculas grandes formadas por meio da união de diferentes aminoácidos, compostas por moléculas de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Essa substância exerce papel importante para o nosso metabolismo e, também, é a “parceira” de quem quer emagrecer.
Qual é o consumo diário ou semanal de proteína que ajuda no emagrecimento?
“De forma geral, para um indivíduo adulto o consumo proteico recomendado é de cerca de 20 a 30g de proteína a cada três a quatro horas. Isso porque o nosso corpo tem uma capacidade máxima de absorção por refeição e por isso não é interessante consumir muita proteína sem distribuir corretamente”, disse com exclusividade para o Sport Life a médica da Liti Dra. Beatriz Tebaldi.
A recomendação é diferente o público da terceira idade. Beatriz cita a dificuldade para quem está com 60 anos ou mais como justificativa para o aumento de proteína. Há de se lembrar que os idosos estão sujeitos a sarcopenia, processo presente no envelhecimento em que ocorre a perda de massa muscular.
“Em idosos, por ocorrer maior dificuldade na metabolização desse nutriente. Por exemplo: uma dose de whey protein 1h30 antes de dormir pode auxiliar na síntese proteica durante o sono”, relatou Beatriz.
Ponderações
Ainda assim, a doutora pontuou em contato com a reportagem que o consumo diário ou semanal de proteína para o emagrecimento varia conforme a idade, sexo biológico, peso, altura, nível de atividade física e outros fatores individuais. Paralelamente existem estudos que afirmam que as proteínas distribuídas de forma adequada no dia a dia influenciam na qualidade do emagrecimento.
“Deixo claro que são recomendações para indivíduos saudáveis e sempre indico o acompanhamento com médico e nutricionista para que as quantidades sejam individualizadas”, alertou Tebaldi.
O “alerta”, na verdade, tem relação com as fontes proteicas com gordura saturada e carboidratos refinados associados. Esse auxílio recai tanto para proteína de origem animal quanto a de origem vegetal.
“Exemplos: carnes gordurosas e produtos proteicos industrializados com alto teor de gordura e açúcares, como algumas barras de proteínas. Algumas fontes de proteínas vegetais, como nozes, sementes, edamame e abacate também são ricas em gorduras insaturadas e dependendo de como o seu corpo reage a essas gorduras pode não ser interessante o consumo delas durante o emagrecimento, além de acrescentar mais calorias nesse momento. Por isso a importância de descobrir qual a melhor alimentação que funciona para o seu metabolismo”, destacou a doutora.
O impacto da proteína na menopausa
Existe uma “ambiguidade” nesse último ciclo menstrual que ocorre no geral de 45 a 55 anos. Essencial na manutenção da massa muscular e óssea, a proteína também afeta negativamente a fase, devido às mudanças hormonais. Portanto, na menopausa o consumo diário de proteína de pelo menos 1g a 1,2 g por quilo de peso corporal fica dentro do ideal.
“Vale ressaltar que cada caso é único, ou seja, a ingestão de proteína deve ser avaliada individualmente por um profissional habilitado, considerando o estado de saúde, o estilo de vida, a prática de atividade física e entre outros fatores. Além disso, é importante destacar que a ingestão de proteína deve ser equilibrada com a dos outros nutrientes em um plano alimentar completo para manter a saúde metabólica da mulher em todas as fases da vida”, reforçou a profissional.
Como conciliar o consumo diário de proteína com suplemento?
“Caso você deseje conciliar e mesclar no seu dia, o suplemento pode substituir a proteína de alguma refeição intermediária. Por exemplo: o seu lanche da tarde ou a proteína que você consome antes do treino. Importante lembrar que os suplementos proteicos devem ser utilizados sempre acompanhados de orientação médica e nutricional”, concluiu a Dra. Beatriz Tebaldi.
Dados
A pesquisa encomendada pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) ao CEAP (Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado) citou que o consumo de proteína animal se encontra em 98% das casas. O ovo é o mais consumido, seguido da carne de frango e suína. Levantamento divulgado em 2021.
O Grupo Kantar afirmou por meio do seu estudo, que 36 milhões de brasileiros ingeriram proteínas vegetais no ano de 2021. O que denota a busca recorrente da maioria das pessoas pelo bem-estar e preocupação com o planeta.
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