ROTANEWS E UOL 13/10/2016 11h22
Getty Images/iStockphoto
Reprodução/Foto-RN176 Foto de ilustração
Pesquisadores da Universidade Estadual de Nova York, em Oneonta, EUA, encontraram evidências de que a duração de um bocejo pode indicar o quão grande o cérebro é, e quantos neurônios uma pessoa tem.
O estudo, publicado na revista científica Biology Letters, analisou 205 bocejos de 177 animais, de 24 espécies diferentes, por meio de vídeos encontrados no Youtube.
Os humanos saíram na frente com um bocejo que dura em média de 6,5 segundos, na lanterna ficaram os ratos com um tempo de cerca de 0,8 segundos. Os chimpanzés alcançam até 5 segundos, já os cachorros bocejam por volta de 2,4 segundos.
Os cientistas usaram dados de estudos anteriores sobre peso do cérebro dos animais. Ao analisar os dados, eles perceberam que o peso do cérebro e a quantidade de neurônios no córtex cerebral poderia prever a duração do bocejo.
Sem relação com o tamanho da boca
Jean-Francois Monier/AFP
Reprodução/Foto-RN176 Foto de ilustração
A pesquisa também descartou que o tamanho da mandíbula influencie na duração dos bocejos, uma vez que gorilas, elefantes e leões, bocejam por um tempo inferior aos humanos.
O pesquisador Andrew Gallup, que liderou a pesquisa, já havia proposto em estudos anteriores que o bocejo ajuda a resfriar os cérebros. Assim, ele acredita que cérebros maiores precisam de um bocejo mais longo para regular a temperatura. A teoria do resfriamento, no entanto, ainda não é consenso entre cientistas.
Os especialistas, responsáveis pela pesquisa, ressaltam que bocejar mais do que outra pessoa não indica maior inteligência. A intenção da pesquisa é mostrar que os seres humanos têm os maiores cérebros e, portanto, a necessidade de um bocejo maior.