ROTANEWS176 E POR AH 31/12/2022 11:02 Por Wallacy Ferrari
Falecido nesta quinta-feira, 29, o maior nome do futebol brasileiro foi chamado de ‘Rei’ pela primeira vez aos 17 anos de idade
Reprodução/Foto-RN176 Pelé segura mastro e ostenta coroa em trono – Divulgação / Vídeo / YouTube
Na tarde de quinta-feira, 29 de dezembro de 2022, o mundo voltou os olhos para o hospital israelita Albert Einstein, em São Paulo; nesta data, falecia Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, aos 82 anos de idade, em decorrência de uma falência múltipla de órgãos após o insucesso em seu tratamento oncológico contra um câncer de cólon.
Responsável por eternizar a camisa 10 do Santos, New York Cosmos e da Seleção Brasileira, ele recebeu homenagens de instituições de relevância internacional, chefes-de-estado e grandes personalidades da história recente da humanidade, com sua despedida marcada pelo brilho de suas conquistas no esporte.
Contudo, sua homenagem máxima foi consolidada ainda em vida, quando o ex-atleta ainda estava em plena atividade nos gramados; apelidado como ‘Rei do Futebol’, Pelé se tornou uma referência de expoente máximo, ou seja, quando alguém é realmente bom e notório no que faz, pode ser nomeado o “Pelé” de alguma prática.
O título real não apenas foi aceito com prazer pelo jogador, que já posou inúmeras vezes com coroas douradas, além de ostentar uma em seu escritório no município de Santos, dentro do Museu Pelé, mas também usou o codinome de ‘Rei’ comercialmente, tanto na esfera pessoal como na publicidade.
Quem criou o apelido?
O mais antigo registro de Pelé sendo nomeado o ‘Rei do Futebol’ ocorreu quando o craque tinha apenas 17 anos, sendo assim referido pelo lendário cronista pernambucano Nelson Rodrigues, que pôde presenciar uma partida arrebatadora do jovem em 26 de fevereiro de 1958, ou seja, antes mesmo de Pelé conquistar sua primeira Copa do Mundo pela Seleção Brasileira.
Reprodução/Foto-RN176 Reprodução/Foto-RN176 Nelson Rodrigues em retrato fotográfico / Crédito: Wikimedia Commons/ Arquivo Nacional
Nelson acompanhava, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, uma goleada do Santos em cima do América-RJ, por 5 a 3, sendo quatro dos gols santistas marcados por Pelé. Na edição seguinte da revista Manchete Esportiva, em 8 de março de 1958, Nelson dedicava um espaço inteiro em sua coluna para descrever o show de bola do rapaz mineiro, intitulando a crônica como “A Realeza de Pelé”
O trecho que o enalteceu foi resgatado pelo portal Globo Esporte: “Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável – a de se sentir Rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento”, escreveu Rodrigues.