ROTANEWS176 E POR AGÊNCIA GLOBO 20/07/2020 20:09
16 funcionários foram vítimas; documento relata ao Ministério Público do Trabalho os casos que aconteceram em quatro estados
Reprodução/Foto-RN176 McDonald’s: as vítimas de racismo no trabalho são, em maioria, jovens e muitos são menores de 18 anos – shutterstock
Três centrais sindicais encaminharam nesta segunda-feira (20) um pedido para que o Ministério Público do Trabalho investigue racismo institucional nas lojas do McDonald’s no Brasil. Segundo as centrais, o documento apresenta relato de 16 ex-funcionários do McDonald’s que teriam sido humilhados e assediados por supervisores em quatro estados, num período de cinco anos.
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Os crimes incluiriam expressões pejorativas em relação à cor das vítimas e ofensas sobre o cabelo. Uma das vítimas relatou ao Ministério Público do Paraná que foi impedida de trabalhar num evento internacional da rede em função da cor da pele e que o evento também excluiu pessoas gordas e homossexuais.
As centrais sindicais – UGT, CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs) – querem que o McDonald’s, que emprega 40 mil pessoas no país, tome iniciativas para impedir casos de racismo e que seja feito um censo na empresa para aferir a quantidade de funcionários negros que trabalham na rede, seus cargos, renda média, idade e gênero, entre outros dados.
A denúncia foi encaminhada à Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades da Procuradoria Regional do Ministério Público do Trabalho de São Paulo, presidida pela procuradora Adriane Reis de Araújo, e responsável pela aplicação de leis contra discriminação no trabalho.
Os sindicalistas pedem que seja criada uma força-tarefa para investigar casos em todo o país, ampliando apurações em curso na Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª Região, em Curitiba.