ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 04/11/2021 07:48
INCETIVO DO LÍDE
Atualmente, tenho visto pessoas desanimarem da prática budista e, em alguns casos, pedirem afastamento das suas funções na nossa organização. Qual será a causa para essa situação
Reprodução/Foto-RN176 Foto de ilustração da matéria – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI
Acompanhar uma pessoa por meio das visitas é importante. Mas que tipo de visita devemos fazer? Nossa missão como líder é orientar a pessoa a recitar daimoku, contudo, penso que precisamos esclarecer-lhe “com qual sentimento no coração estamos fazendo a prática ou devemos orar”. Isso fará toda a diferença, ou seja, se a pessoa faz daimoku pensando somente no problema em vez de entender por que está nessa situação e qual sua decisão para mudar, dificilmente consegue enxergar as várias soluções possíveis. No Gosho Carta para Niike consta a seguinte passagem:
Quando observo o que as pessoas estão fazendo, percebo que, embora professem a fé no Sutra do Lótus e se agarrem fortemente aos rolos de seus textos, suas ações contrariam a intenção do sutra e, portanto, se autocondenam aos maus caminhos.1
Portanto, precisamos melhorar nossas atitudes, direcionando-as para nossa revolução humana. Quando visitamos alguém para incentivá-lo, não basta perguntar se está tudo bem e já começar cobrando mais participação e resultados.
É preciso entender o contexto da situação que a pessoa está enfrentando. Para isso, podemos começar perguntando, por exemplo, como está a saúde, o relacionamento familiar, a situação profissional ou sobre os estudos, e se a pessoa visitada já sabe qual a expectativa dela para este último trimestre e os objetivos para 2022.
Com uma pequena mudança em nosso coração, cria-se uma relação de amizade e companheirismo, cercado de empatia e esperança. Visitar somente por protocolo ou por estatística não cria valor. Nas visitas, não necessitamos falar muito, ter diversas reuniões, participar de vários grupos, mas precisamos ser felizes onde estivermos — esse é o objetivo da nossa prática da fé e da nossa organização.
Estudando o budismo, aprendemos sobre “bom amigo” (zentishiki). O bom amigo conduz outra pessoa à prática do budismo. O presidente Ikeda nos encoraja: “Concentrem-se em se tornar excelentes pessoas. Quanto melhores vocês se tornarem, melhores serão os amigos que encontrarão um dia”.2
Em outro incentivo, ele frisa:
Assim como Daishonin ensina, nós também aprimoramos nossa vida e realizamos nossa revolução humana ao enfrentarmos as dificuldades e ao combatermos e derrotarmos as forças negativas. É dessa forma que manifestamos o estado de buda. Vamos agir determinados para o fato de que, quanto mais ferozes as tempestades de críticas e ofensas, mais avançamos com vigor e mais fortalecemos nossa união, aprofundamos a fé e despertamos nossa coragem.3
Que possamos reavaliar nossa conduta e finalizarmos 2021, “Ano da Esperança e da Vitória”, como dignos campeões! Depende de cada um de nós selar a nova era em nossa vida.
Adolfo Kenji Ito
Vice-coordenador de coordenadoria
Notas:
- Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 293, 2017.
- Brasil Seikyo, ed. 1.588, 20 jan. 2001.
- Idem, ed. 2. 231, 14 jun. 2014