ROTANEWS176 E POR BBC NEWS 05/12/2022 12h19 Por Tiffanie Turnbull – BBC News, Sydney
Pele e Crânio do último tilacino conhecido foram identificados, resolvendo um mistério que durou décadas.
Reprodução/Foto-RN176 Um dos últimos tigres-da-Tasmânia conhecidos retratado no Zoológico de HobarFoto: Getty Images / BBC News Brasil
Os restos mortais do último tigre-da-tasmânia conhecido — considerados perdidos há 85 anos — foram encontrados escondidos no armário de um museu australiano.
O animal morreu em cativeiro no Zoológico de Hobart (capital do Estado da Tasmânia, ilha que fica no sul da Austrália) em 1936 e seu corpo foi doado a um museu local.
O tilacino (também chamado de tigre-da-tasmânia ou lobo-da-tasmânia) ganhou esse apelido pelas listras nas costas. Mas, na verdade, era um marsupial, o tipo de mamífero australiano que cria seus filhotes em uma bolsa.
O que aconteceu com seu esqueleto e sua pele depois acabou dando origem a um mistério que durou décadas.
O Museu e a Galeria de Arte da Tasmânia perderam rastro dos restos mortais do animal — acreditava-se que eles tivessem sido jogados fora.
Novas pesquisas descobriram que, na verdade, eles estavam no museu o tempo todo — preservados, mas não devidamente catalogados.
“Durante anos, muitos curadores e pesquisadores de museus procuraram esses restos sem sucesso, pois nenhum material de tilacino datado de 1936 havia sido registrado”, disse Robert Paddle, que publicou um livro em 2000 sobre a extinção da espécie.
Reprodução/Foto-RN176 O espécime foi mantido em um museu de Hobart o tempo todo, diz um autor Foto: Museu e Galeria de Arte da Tasmânia / BBC News Brasil
“Supunha-se que havia sido jogado fora.”
Mas Paddle e um dos curadores do museu encontraram o relatório inédito de um taxidermista, o que levou a uma revisão das coleções do museu.
Eles encontraram o espécime feminino desaparecido em um armário no departamento de educação do museu.
Esses restos mortais chegaram a ser exibidos na Austrália em uma exposição itinerante, mas a equipe não sabia que se tratava do último tilacino, disse a curadora Kathryn Medlock à emissora ABC.
“Foi escolhido porque era a melhor pele da coleção”, explicou.
“Naquela época, eles pensaram que ainda havia animais no mato.”
Reprodução/Foto-RN176 Pele do último tigre-da-Tasmânia conhecido Foto: ABC News / BBC News Brasil
A pele e o esqueleto estão agora em exibição no museu em Hobart.
Originalmente, acredita-se que os tigres-da-tasmânia habitavam toda a Austrália, mas suas populações diminuíram devido aos impactos de humanos e dingos (espécie de canídeo selvagem).
Eventualmente, o tilacino só foi encontrado na ilha da Tasmânia, onde foi caçado até sua extinção, na década de 1930.
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