Rim policístico: entenda condição genética que cantor Chrystian tinha

ROTANEWS176 20/06/2024 11:35                                                                                                                                  Por José Coutinho

O artista, que fez dupla com Ralf, morreu em São Paulo na noite desta quarta-feira (19)

 

Reprodução/Foto-RN176 Chrystian tinha condição genética chamada ‘rim policístico’ – Montagem/portal iG

Morreu em São Paulo, na noite desta quarta-feira (19), o cantor Chrystian, que fez parte da dupla sertaneja “Chrystian e Ralf . O artista tinha 67 anos e estava internado em um hospital de São Paulo.

Chrystian precisou ser hospitalizado após ser diagnosticado “com condição médica que exige repouso imediato e tratamento especializado”, de acordo com a sua assessoria de imprensa.

O cantor foi diagnosticado com rim policístico em fevereiro deste ano, e internado no Hospital do Rim, da Fundação Oswaldo Ramos, para receber um transplante de rim diretamente de sua esposa, Key Vieira. Entretanto, a cirurgia acabou sendo adiada para o final de 2024. O artista tinha um show marcado para o próximo sábado (22) em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

Entenda pontos da condição genética

1) O que é o rim policístico: 

A síndrome renal policística, também conhecida como rins policísticos, é uma condição na qual os rins desenvolvem múltiplos cistos internos, levando a inchaços e dilatações que se assemelham a bolhas agrupadas. Esses cistos são geralmente preenchidos com líquido e não são cancerígenos, embora possam crescer consideravelmente e causar deformidades significativas nos rins.

Esta condição pode afetar todo o órgão renal ou apenas uma parte de um dos rins. É essencial um acompanhamento médico rigoroso, pois os pacientes podem enfrentar uma série de complicações renais, inclusive a insuficiência renal.

2) Quais as causas: 

Em geral, a síndrome renal policística é causada por mutações genéticas que levam à formação de tecido renal anormal, resultando na criação de cistos. Por isso, é comum que a doença ocorra em várias gerações da mesma família, podendo ser transmitida de pais para filhos.

Embora seja bastante rara, a mutação genética também pode surgir de maneira espontânea e aleatória, não estando necessariamente ligada à herança dos pais.

Devido à sua natureza de progressão lenta, a doença pode permanecer assintomática por décadas, e muitos pacientes podem nunca receber um diagnóstico ao longo de suas vidas.

3) Quais os principais sintomas: 

Nos estágios iniciais, os rins policísticos podem ser assintomáticos. À medida que a doença progride e afeta a função dos rins, podem surgir sintomas adicionais, como pressão alta, dor na região lombar inferior, presença de sangue na urina (hematúria), urina espumosa, inchaço abdominal, dor de cabeça e náuseas.

4) Tem cura? 

Embora não haja um tratamento específico que cure os rins policísticos, estão sendo estudados diversos medicamentos para retardar a progressão da doença.

5) Como é o tratamento: 

Atualmente, estão sendo realizadas pesquisas para determinar o melhor tratamento para os rins policísticos. Nos estágios iniciais da doença, quando os sintomas geralmente não estão presentes, o diagnóstico pode ocorrer somente quando os rins estão significativamente comprometidos. Nesses casos, os pacientes com rins policísticos podem precisar recorrer à hemodiálise para ajudar na filtragem do sangue.

6) Como é feito o diagnóstico: 

O diagnóstico de rins policísticos pode ser realizado por meio de vários exames, como ultrassom renal, ressonância magnética, exame de urina e tomografia computadorizada.

FONTE: IG