ROTANEWS176 16/09/2023 12:55 Por Milena Vogado
Os linfomas são neoplasias que atacam o sistema linfático e, geralmente, se manifestam através de inchaço nos gânglios.
Reprodução/Foto-RN176 Os linfomas são neoplasias que atacam o sistema linfático e, geralmente, se manifestam através de inchaço nos gânglios – Foto: Shutterstock
O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas (15/09) tem o objetivo de conscientizar a população sobre as características e forma de prevenir a doença, que atinge mais de 735 mil pessoas anualmente em todo o mundo, indica o Ministério da Saúde.
Linfoma é o nome de um conjunto de cânceres que atacam o sistema responsável por ajudar a combater infecções, o sistema linfático. Ele, por sua vez, é composto por órgãos, vasos, tecidos linfáticos e pelos linfonodos, que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar na defesa contra infecções. Esse sistema produz e transporta os glóbulos brancos, células que combatem as infecções e participam do sistema imunológico.
Diferentes tipos de linfoma
Existem dois tipos de linfoma: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH). O LH se caracteriza pela presença de células grandes e facilmente identificáveis no linfonodo acometido, conhecidas como células de Reed-Sternberg. É uma doença adquirida, e não hereditária. Compreende cerca de 20% dos casos da doença e pode ocorrer em qualquer idade, no entanto, é mais comum aparecer entre os jovens de 25 a 30 anos.
Já o LNH não tem um tipo celular característico. Trata-se de um grupo complexo de tipos diferentes da doença. Após o diagnóstico, ele se classifica de acordo com o tipo de linfoma e o estágio em que se encontra. Ele pode surgir em diferentes partes do corpo e representa 80% dos casos de linfoma, pode ocorrer em qualquer idade sendo mais comum em pessoas acima dos 60 anos.
Envelhecimento aumenta risco de linfomas
A incidência da doença tende a aumentar com a idade. Portanto, um diagnóstico precoce e a conscientização são essenciais para um envelhecimento saudável. Além disso, com o envelhecimento da população mundial, é muito importante abordar a relação entre os linfomas e o grupo dos 60 anos ou mais. Isso porque, de acordo com Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), nos últimos 25 anos, o número de novos casos de linfoma não-Hodgkin duplicou, em especial em pessoas acima dos 60 anos de idade.
“Estima-se que, até 2050, a população idosa do Brasil salte de 31 milhões de pessoas atualmente para 60 milhões, o que representará quase 30% da população do Brasil e precisamos garantir que elas tenham uma ótima qualidade de vida, isso inclui a conscientização sobre os linfomas, já que um diagnóstico precoce pode levar a um tratamento eficaz e a uma maior expectativa de vida”, afirma Dra. Morgani Rodrigues, médica hematologista e cofundadora do canal Longidade.
Sintomas e prevenção
Morgani destaca a importância de estar atento aos sinais e possíveis sintomas para que o diagnóstico seja feito o quanto antes. Alguns deles são:
- Inchaço dos gânglios linfáticos, principalmente na região da virilha, pescoço e axila;
- Fadiga inexplicável;
- Perda de peso sem intenção;
- Febre persistente;
- Coceira na pele;
- Falta de ar.
A especialista ainda reforça que consultas médicas regulares e exames de rotina são fundamentais para identificar problemas de saúde de uma forma geral, incluindo linfomas em estágios iniciais. O tratamento mais comum é a quimioterapia, podendo ser complementado, em alguns casos, com a radioterapia.
“Adotar um estilo de vida saudável com uma dieta equilibrada, com maior consumo de alimentos naturais ao invés dos ultraprocessados, exercícios regulares e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool pode reduzir o risco de desenvolver linfomas e outras doenças relacionadas à idade”, destaca a médica.
FONTE: SAÚDE EM DIA