Samsung, LG e outras: empresas da Coreia do Sul em meio ao caos

ROTANEWS176 03/12/2024 19h00                                                                                                                              Por Ana Luiza Figueiredo

A recente instabilidade política na Coreia do Sul afeta diretamente as gigantes de tecnologia como Samsung e LG

 

Reprodução/Foto-RN176 (Imagem: muhammadtoqeer / Shutterstock.com)

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou nesta terça-feira (3) a imposição de lei marcial no país, uma medida drástica que gerou forte reação, tanto da população quanto do parlamento.

A lei marcial, que havia sido declarada em um momento de crescente tensão política, estabelecia restrições severas: a proibição de atividades políticas, fechamento da Assembleia Nacional, controle da mídia e a obrigatoriedade de retorno ao trabalho de médicos em greve, além de uma série de outras medidas que visavam restringir liberdades civis.

No entanto, a resposta do parlamento foi imediata, com uma votação de 190 a 0 para derrubar a medida. O presidente, então, anunciou que a lei seria revogada, mas o impacto no país já era palpável. O clima de incerteza gerado pela situação política afeta diretamente a economia e as empresas sul-coreanas, especialmente no setor de tecnologia.

Reprodução/Foto-RN176 (Imagem: muhammadtoqeer / Shutterstock.com) Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, protagoniza crise política no país (Imagem: Paul Froggatt / Shutterstock.com)

O impacto da crise política na Coreia do Sul nas empresas de tecnologia

A Coreia do Sul é lar de gigantes globais como Samsung, LG, Hyundai e SK Hynix, cujas operações estão interligadas com mercados internacionais. O anúncio da lei marcial e a instabilidade política geraram volatilidade nas bolsas de valores, com quedas expressivas nas ações de empresas como a Samsung. No mercado americano, por exemplo, as ações da gigante de tecnologia caíram mais de 3% após o anúncio, refletindo a apreensão dos investidores.

Essas empresas estão entre as mais relevantes do mundo, e qualquer instabilidade política no país pode ter repercussões não só internamente, mas também nos mercados globais. O Olhar Digital conversou com Arthur Igreja, especialista em tecnologia, sobre os impactos da situação política na Coreia do Sul.

Reprodução/Foto-RN176 (Imagem: muhammadtoqeer / Shutterstock.com) Samsung sofreu queda de ações no mercado americano com a instabilidade política em seu país (Imagem: Rokas Tenys / Shutterstock.com)

É cedo para saber, porque foi anunciado e logo depois o parlamento também votou totalmente ao contrário. A bolsa foi fechada hoje, mas o que se tem de negociação, pois se tem vários índices secundários. As quedas foram abruptas, basta ver, por exemplo, a negociação da Samsung em outras bolsas, como o mercado americano, uma queda super expressiva.

Arthur Igreja, especialista em tecnologia

Repercussões para a economia sul-coreana

  • O efeito da crise política também se estende à economia em geral.
  • A instabilidade política afeta a confiança dos investidores, o que pode prejudicar a capacidade de crescimento das empresas.
  • O impacto no mercado de ações das grandes empresas de tecnologia sul-coreanas é um reflexo imediato de um ambiente de incerteza.
  • Arthur Igreja disse que “a questão central é ver como é que isso vai se desenrolar. Se ele vai ser deposto, quem assume, que período vai se ter para ter alguma espécie de estabilidade”, afirmou ele.

Recém começou essa confusão, mas todo país que passa por uma instabilidade política isso se transforma em instabilidade econômica e afeta as empresas, especialmente, um país que tem empresas de tecnologia que são tão relevantes globalmente como é o caso da Coreia do Sul.

O futuro das empresas sul-coreanas

Apesar da revogação da lei marcial, o cenário de incerteza persiste. A instabilidade política pode continuar a afetar a confiança dos investidores e a capacidade de crescimento das empresas de tecnologia da Coreia do Sul, como Samsung, LG e Hyundai.

O mercado global estará atento aos próximos passos políticos no país, e o impacto na economia sul-coreana e em suas grandes empresas ainda é incerto.

FONTE: OLHAR DIGITAL