ROTANEWS176 08/02/2024 15h09 Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares
A missão iria ser lançada inicialmente no dia 6 de fevereiro, mas devido ao mau tempo acabou sendo lançada na madrugada do dia 8
Reprodução/Foto-RN176 Satélite PACE após ser liberado pelo estágio superior do foguete Falcon 9 (Crédito: NASA TV)
O foguete Falcon 9 da SpaceX conseguiu finalmente decolar com a missão Plankton, Aerosol, Cloud, Ocean Ecosystem (PACE) da NASA, na madrugada do dia 8. Inicialmente previsto para acontecer no dia 6 de fevereiro, o lançamento foi constantemente adiado devido ao mau tempo, mas agora que o satélite está em órbita, os cientistas poderão avaliar a saúde do nosso planeta como nunca.
- A decolagem do Falcon 9 aconteceu a partir do Complexo de Lançamento Espacial 40 do Cabo Canaveral, às 3h33, do horário de Brasília;
- Cerca de 7,5 minutos depois do lançamento, o primeiro estágio do foguete retornou em um pouso vertical para a Zona de Pouso 1, no Cabo Canaveral, marcando a quarta vez em que o booster é utilizado;
- 5 minutos depois disso, o estágio superior deixou o PACE em uma órbita sincronizada com o Sol, a cerca de 677 quilômetros acima da superfície da Terra.
Em órbitas sincronizadas com o Sol que passam pelos polos, cada pedaço da Terra é observado pelo satélite todos os dias sempre na mesma hora. Devido à posição da iluminação ser sempre a mesma, as espaçonaves podem detectar facilmente alterações na superfície. No caso do PACE, isso permitirá que ele cumpra sua missão.
A missão PACE
Reprodução/Foto-RN176 Ilustração espaçonave PACE (Crédito: NASA)
O satélite, com cerca de 3,2 metros de comprimento, e seus instrumentos de observações estão sendo verificados a partir da Terra pelos manipuladores da missão. Depois disso, o PACE irá iniciar seus trabalhos de investigação dos oceanos, da atmosfera e até mesmo de áreas terrestres.
Com um espectrômetro chamado Ocean Color Instrument (OCI), os pesquisadores irão mapear a tonalidade do oceano a partir da interação das partículas da água com a luz solar, como as do pigmento clorofila encontrada nos fitoplânctons, base da cadeia alimentar marinha. Assim os cientistas poderão entender mais sobre esses microrganismos e o ecossistema oceânico, em geral.
Além disso, o satélite também é equipado com dois polarímetros que irão medir os estados de polarização da luz UV para ondas curtas em vários ângulos. Dessa forma, eles poderão entender mais sobre a atmosfera e o oceano, e assim, investigar a troca de carbono entre os dois, prever a ocorrência de furacões e tempestades e relacionar os aerossóis com as mudanças climáticas.
FONTE: OLHAR DIGITAL