SC: Pinguins são encontrados mortos com sinais de tortura em areia de praia

ROTANEWS176 E PÓR IG  09/08/2021 15:32

Uma das aves estava com o crânio fraturado; a outra tinha uma corda no pescoço e uma pedra amarrada

Reprodução/Foto-RN176 Pinguins encontrados mortos em praia em Florianópolis – Divulgação

Dois  pinguins foram encontrados mortos na praia de Canasvieiras, em Florianópolis (SC). Os animais apresentavam sinais de tortura e maus tratos, de acordo com a Associação R3 Animal, a ONG que localizou os bichos.

Uma das aves estava com o crânio fraturado. A outra estava com uma corda no pescoço e uma pedra amarrada na outra extremidade, que é uma técnica usada para manter o animal submerso.

Os  pinguins foram encontrados em avançado estágio de decomposição. Apesar disso, as aves passarão por exame necroscópico. Os animais foram recolhidos pela Guarda Municipal de Florianópolis e levados ao Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3Animal).

Reprodução/Foto-RN176 Pinguin encontrado com corda no pescoço e uma pedra – Divulgação

Os animais são da espécie pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus). As aves foram encontradas quando a equipe da R3 Animal acompanhava o encalhe de uma baleia-jubarte morta, na Praia do Campeche.

“Em nosso trabalho de resgate e reabilitação de animais marinhos, às vezes, presenciamos cenas que são difíceis de entender e questionamos até onde vai a crueldade humana”, afirmou a ONG, por meio de nota.

Além disso, nesse sábado (7), 59 pinguins da mesma espécie foram encontrados mortos no trecho entre as praias das cidades de Passo de Torres e Araranguá, também em Santa Catarina, de acordo com a ONG Educamar.

Reprodução/Foto-RN176 59 pinguins foram encontrados mortos em praia de SC – Reprodução / Instagram

Segundo a instituição, a poluição é o principal fator que pode ter causado a morte dos animais . “[Pinguins] Adultos mortos são um forte indicador de causas humanas, como poluição e incidentes com o setor da pesca”, escreveu a ONG nas redes sociais.

A organização acredita que as aves tenham chegado vivas à praia, mas não resistiram por falta de estrutura, como um centro de estabilização ou logística de transporte.