“Ser o exemplo”

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  05/02/2022 07:33

GRUPO CORAÇÃO DO REI LEÃO

Reprodução/Foto176  ilustrativa da matéria – Editora Brasil Seikyo – BSGI

“Quando eu crescer, quero ser igual a você.” Quem em algum momento não ouviu essa frase, na maioria das vezes dita por uma criança, nosso filho ou não, que, por algum motivo, nos admira e projeta seu futuro naquilo que vê?

Sabemos que a primeira referência para as crianças são os pais, por isso não é incomum que os copiem em atitudes e até mesmo em hábitos do dia a dia. Elas observam com olhares atentos a expressão da mãe, do pai e dos demais integrantes da família.

Por essa razão, o famoso “ser o exemplo” se faz necessário e muito importante, principalmente quando se fala em convívio familiar. Talvez isso possa nos deixar muito preocupados, mas a questão é “Que pessoa estou sendo ou que conduta estou tendo para que meu filho sinta o desejo de se inspirar em quem eu sou?”.

Precisamos ensinar aos nossos filhos a importância da prática da fé. E, mais que falar, comprovar na vida os resultados dessa prática é essencial para que eles observem e se sintam incentivados a acompanhar a fé exercida no lar.

Realizar a prática assídua é necessário. Fazer gongyo e daimoku diariamente, estudar o budismo e pôr em prática as preciosas orientações de Ikeda sensei são atitudes necessárias e cruciais para um bom início de ensinamento de valores que nortearão a vida daqueles que mais amamos.

É fundamental que tenhamos consciência do nosso valor e o que queremos ensinar, contribuir e ajudar a fortalecer esses seres humanos para que possam fazer o mesmo por outras pessoas.

A relação que criamos com nossos filhos nos mantém ligados para sempre, e o ideal é que ocorra uma troca positiva, na qual os bons gestos prevaleçam e os resultados sejam cultivados a partir desses exemplos.

Para que isso se torne realidade, observemos as atitudes que estamos tendo em relação à vida. Qual a nossa conduta diante das dificuldades, dos desafios, das atitudes escolhidas e do modo de vida que escolhemos.

Ikeda sensei ensina:

Descobrir, desenvolver e lapidar os “valores humanos” é o foco das atividades promovidas pela Soka Gakkai Internacional (SGI). Sem esses esforços, não há como concretizar o objetivo maior — a paz mundial. Se a humanidade almeja um futuro brilhante, deve, como primeiro passo, cuidar, com carinho e atenção, das crianças.1

Ao longo dos anos, aprendemos com Ikeda sensei a importância de evidenciar uma vida que cultive o desejo de criar pessoas valorosas capazes de mudar o destino da humanidade. Assim, é imprescindível que entendamos que esse ideal se inicia no lar, na família, preservando suas diferenças, mas, acima de tudo, que nos respeitemos.

A realidade de inúmeras famílias é de extremo sofrimento, contudo, a prática da fé o remove e faz surgir a esperança. Daí a importância de os membros da família serem indivíduos proativos e que tenham um objetivo grandioso. O ideal do kosen-rufu é a concretização de famílias decididas a vencer seus dramas e que sejam, de fato, felizes e busquem fazer com que mais e mais pessoas também sejam.

O presidente Ikeda afirma:

A capacidade de “criar valores humanos” não depende do tempo de prática. A paixão de uma pessoa pelo ideal do kosen-rufu é o que move o coração de outras e é a partir disso que se inicia a “criação de valores humanos”.2

Nos últimos meses, vivemos uma situação de distanciamento social jamais imaginada. Famílias inteiras nessa condição. Mas com que olhar observamos esse panorama?

Para aquela pessoa que compreende tudo como uma preciosa oportunidade, seu olhar e seu sentimento se traduzem em “Que maravilha! Poderemos conversar mais; fazermos as refeições juntos; recitarmos gongyo e daimoku em família; estudarmos o budismo e nos aprimorar na fé. Essa é a real conduta de quem quer harmonia em seu lar e, consequentemente, na sociedade, pois, por meio de seu exemplo, comprova que há, sim, como mudar o que estamos vivendo, e assim tudo se torna uma grandiosa oportunidade para transformar seja o que for.

Sejamos, então, o exemplo!

Grupo Coração do Rei Leão da BSGI

Notas:

  1. Terceira Civilização, ed. 480, ago. 2008, p. 24.
  2. Idem, ed. 531, nov. 2012, p. 14.