Ser o exemplo na prática da fé para os sucessores

outubro 7, 2022 - Humanismo e Cultura de Modo Geral - nenhum comentário - 256 Views

ROTANEWS176 E POR  JORNAL BRASIL SEIKYO  07/10/2022 10:28                                                                    GRUPO CORAÇÃO DO REI LEÃO                                                                                                                             Por Grupo Coração do Rei Leão

Um lar harmonioso começa com um bom relacionamento entre pais e filhos

Reprodução/Foto-RN176 Desenho ilustrativo do Grupo Cora-ção do Rei Leão (GCRL) da BSGI

Caros integrantes do Grupo Cora-ção do Rei Leão (GCRL) da BSGI! Entramos no mês de outubro, tão especial para todos nós com a celebração dos 62 anos de fundação da nossa amada BSGI. Com a decisão abnegada do nosso mestre em vir ao Brasil, hoje desfrutamos essa imensa boa sorte e, juntos com Ikeda sensei, partimos para novas conquistas, sempre com base na relação de mestre e discípulo.

Para os encontros deste mês, abordaremos o tema “Ser o exemplo na prática da fé para os sucessores”, em que compartilhamos quatro pontos para nossa reflexão e decisão no desenvolvimento dos jovens sucessores, iniciando em nosso lar e refletindo na organização.

  1. Diálogo com os jovens é o caminho para dar esperança e coragem a eles

O segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, expressou:

“Não preciso de mais nada, tudo o que anseio são valores humanos!”. Sinto exatamente o mesmo. Como Daishonin menciona em seus escritos: “Se deseja saber as causas que foram feitas no passado, observe os efeitos que se manifestam no presente”.1 Nesse sentido, sinto-me imensamente feliz todos os dias pelo promissor desenvolvimento dos jovens da Soka Gakkai.2

 

  1. Diálogo com os pais dos estudantes visando compartilhar os grandiosos seres humanos de valor que eles têm no lar; qual a expectativa da SGI em relação a esses jovens, e como incentivar os pais a dar-lhes apoio para que sejam cidadãos do mundo

Precisamos ensinar a nossos filhos o espírito de acalentar e proteger a SGI. Espero que os pais criem os filhos de forma que eles realmente amem a SGI. Se os filhos tiverem esse espírito, com certeza serão pessoas excelentes.3

Sobre família, Ikeda sensei afirma:

Família é família. Não devemos dividir as pessoas em categorias de “membros” e “não membros”. E também é ridículo levar para casa a posição na organização. Se um promotor público agisse em casa com a atitude de promotor público, a família se sentiria sufocada.4

  1. Apoiar os líderes da Divisão dos Estudantes (DE) para, juntos, gerarmos sinergia nas famílias, e para ajudar os pais a se tornar exemplo na prática da fé para os filhos

Ikeda sensei declara:
No entanto, a questão principal é que tudo é enfim decidido pela fé dos pais. Em particular — e digo isso com base na experiência de centenas de milhares de pessoas — a fé da mãe é crucial. É isso o que significa “consistência do início ao fim”. “Início” significa a fé dos pais, e “fim”, a fé dos filhos. Essencialmente, não há separação entre as duas.

Cabe a nós próprios demonstrarmos o espírito de estimar o Gohonzon e a Soka Gakkai, organização que se dedica à propagação mundial do Gohonzon. Enquanto tivermos esse espírito, tudo dará certo até o final.

Se os pais praticarem com alegria, e em consequência disso receberem benefícios à medida que avançam, os filhos compreenderão de forma natural. Independentemente do quanto estimarmos, mimarmos e idolatrarmos nossos filhos, será tudo em vão se não conseguirmos ensinar-lhes esse espírito. Os seres humanos decentes não são criados com mimos.5

  1. Compartilhar com os jovens (estudantes) e os adultos a luta dos Três Mestres e o propósito da SGI, a fim de que despertem para seu propósito de vida em prol do kosen-rufu baseado no espírito da “unicidade de mestre e discípulo” (shitei funi)

O presidente Ikeda orienta:
Os discípulos acreditam e buscam o mestre; o mestre protege e treina os discípulos. O mestre, definitivamente, não abandona nem mesmo os discípulos que esqueceram seu juramento. Esse belo laço humano é a unicidade de mestre e discípulo no Budismo Nichiren.6

E também afirma:

O presidente Josei Toda dizia com frequência que “Um aprendiz de ferreiro é um ferreiro; um aprendiz de peixeiro é um peixeiro. Da mesma forma, o discípulo do Buda é um buda. Isso tudo é muito nítido”. Fazemos shakubuku tal como Nichiren Daishonin instruiu, então somos discípulos dele. Toda sensei também enfatizava repetidamente que somos filhos do Buda. Consciente ou não, um filhote de leão é um leão, e um filho do Buda é um buda. Esse é um fato inquestionável, uma realidade evidente. Quando alguém tem profunda consciência dessa realidade, essa pessoa entrou no caminho da unicidade de mestre e discípulo.7

Assim sendo, agora, com a força da liderança jovem da Divisão dos Estudantes mais a união do GCRL formado pela Divisão Sênior e pela Divisão Feminina, vamos constituir centenas e milhares de famílias que atuam com alegria e orgulho pela própria felicidade e a de todas as pessoas que encontrarmos a fim de expandirmos o humanismo Ikeda em nossa localidade.

Inicia-se uma nova era do GCRL.

Contem conosco!

Grupo Coração do Rei Leão da BSGI


Depoimento

Iniciei minha prática budista aos 17 anos, revoltado com a vida, família, sociedade, educação, sem perspectivas e, de certa forma, com muito medo de como conduziria minha vida. Tive a boa sorte de contar com parentes membros da BSGI que sempre me incentivaram a realizar a prática. Mas, logicamente, na fase da “aborrescência” (adolescência), não seguiria de olhos fechados os conselhos deles.

Reprodução/Foto-RN176 Ricardo com a esposa, Cleide, e a filha, Danielle – Foto: Colaboração local

Um dia, resolvi e falei para minha tia que iria com ela à reunião de palestra. Para minha surpresa, ela não disse nada, apenas concordou com minha decisão. Esse foi meu primeiro niji (neste momento), e assim fui acompanhando ela nas atividades.

Então, posso afirmar que meu primeiro exemplo de prática de fé que aprendi foi com minha tia. Senti que ela desejava sinceramente minha vitória e felicidade, mas nunca disse que fazia daimoku com esse objetivo. Porém, tenho a certeza de que ela recitou muitos milhões de daimoku. Quanta gratidão!

Agora, após quarenta anos de prática, posso afirmar que conquistei muito mais do que imaginei ou sonhei o que seria uma vida de vitórias.

Ricardo Honda, CRE Sul, GCRL

Notas:

  1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 292, 2014.
  2. Terceira Civilização, ed. 636, ago. 2021, p. 50.
  3. Brasil Seikyo, ed. 1.569, 26 ago. 2000, p. 4.
  4. Ibidem.
  5. Ibidem.
  6. Brasil Seikyo, ed. 1.399, 25 jan. 1997, p. 3.
  7. Idem, ed. 1.346, 2 dez. 1995, p. 3.

Foto: Colaboração local