Sete inimigos dos dentes bonitos e saudáveis

ROTANEWS176 E IG 31/05/2016 20:20                                                                                                           Por Aline Viana

Mesmo facilmente evitáveis, alguns hábitos podem provocar cáries e abrir nossas defesas para a chegada de doenças

Certas atitudes e hábitos são verdadeiros inimigos para quem deseja ter dentes saudáveis e bonitos. Para identificar quais são eles, ouvimos os dentistas Edson Saleme Junior (CRO-MG 30665), Renan Cavanha Rossi (CRO-SP 116162) e Roberto Abdalla Jr. (CRO-SP 67232).

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Reprodução/Foto-RN176  Escovação não é força, é técnica para que sejam atingidas todas as faces do dente (frente, posterior, em cima ou embaixo, e entre os dentes). Foto: iStock

1 – ‘Alimentar’ bactérias

A alimentação é o principal fator que devemos atentar quanto à saúde dos dentes. O acúmulo de restos de alimentos compostos por carboidratos simples como doces, bolos, massas e até frutas são o prato preferido das bactérias que vivem na boca e produzem os ácidos que causam as cáries.

“Quando as cáries se instalam, elas oferecem condições para que bactérias mais agressivas possam atuar na boca, causando o tártaro e posteriormente a gengivite”, alerta Edson. A prevenção é fácil: escovação com pasta com flúor, de cerdas macias e uso do fio dental, se não em todas as refeições, ao menos na higienização noturna.

2 – Corantes
Café, açaí, beterraba e vinho e outros alimentos ricos em corantes podem pigmentar os dentes. No caso das bebidas, Renan recomenda que o consumo seja intercalado com água. Já no caso dos alimentos, a solução é escovar os dentes logo após as refeições.

3 – Alteradores do PH 
Refrigerantes, isotônicos e alimentos ácidos alteram o pH (índice que mede a acidez, alcalinidade ou neutralidade) da boca, tornando-o mais ácido – o ambiente bucal mais ácido favorece a ação das bactérias causadoras da cárie. Por isso, é indicada a higienização da boca na sequência.

O contato com itens ácidos é tão danoso para os dentes que até a prática de natação em piscinas entrou para o radar dos dentistas: “O cloro usado na água da piscina também pode prejudicar o esmalte dos dentes. O indicado é que a pessoa escove os dentes na sequência da atividade física com pasta com flúor”, recomenda Roberto.

4 – Escovação errada
Quem acredita que escovar os dentes muitas vezes por dia ou com mais força é a melhor conduta erra.

“Escovar os dentes muitas vezes ao dia não é recomendado. E escovação não é força, é técnica para que sejam atingidas todas as faces do dente (frente, posterior, em cima ou embaixo, e entre os dentes). Quando é aplicada força, o organismo entende aquilo como uma agressão, causando a retração do osso e da gengiva, o que torna a sustentação do dente mais frágil. Ninguém vai ficar 15 minutos escovando os dentes, mas de três a cinco minutos é o ideal”, analisa Renan.

5 – Não trocar a escova
A troca constante da escova de dente é fundamental, embora bastante negligenciada. Uma vez que as cerdas comecem a esgarçar é hora de trocar, o que acontece, em média, a cada dois meses. Quem usa aparelho, nota um desgaste mais intenso, precisando trocar a escova a cada 30 dias.

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Reprodução/Foto-RN176  Hábitos corriqueiros podem provocar cáries e abrir nossas defesas para a chegada de doenças

6 – Roer unhas, ranger dentes
No quesito hábitos, roer as unhas ou ranger os dentes também é prejudicial porque agrava o desgaste dos dentes, causando fraturas invisíveis, que podem aumentar com o tempo. Ações como usar os dentes como ferramenta para cortar fios, abrir garrafas, ou morder canetas e lápis, ou ainda mastigar alimentos muito duros, como o gelo, podem causar o mesmo malefício.

7 – Tabaco
O cigarro é um grande arqui-inimigo da saúde bucal. Ele causa o amarelamento dos dentes, devido aos pigmentos contidos em sua formulação. Também causa a vasoconstrição, ou seja, diminui a circulação de sangue na gengiva.

“O tabaco causa 50 doenças diferentes, havendo muitos casos de doenças periodontais, que podem evoluir até para a perda do dente. Um fumante tem três vezes mais chances de ter doenças na boca que um não fumante”, conclui Roberto.