Sonhar alto e ser feliz

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  17/04/2021 07:15

RELATO

No mês de aniversário de fundação da Divisão dos Estudantes (DE), Brasil Seikyo conta a história da jovem Brenda que, nesta divisão, aprendeu a persistir na concretização dos sonhos

Reprodução/Foto-RN176 Brenda Ferreira Santos, Resp. pela DFJ do Bloco Fluvial. RM Litoral Sul, CGSP, CGESP.

Ainda na DE, Brenda decidiu que enfrentaria os desafios por meio da prática budista. Hoje, aos 16 anos, explica que tal convicção é a base da sua juventude, em especial, quando passou por fases difíceis, tais como o falecimento do pai, em 2013. “Foi vivendo esse momento doloroso que compreendi sobre o significado da prática do budismo. Eu tive um ótimo pai e, quando ele faleceu, minha irmã mais nova, Kelly, com 5 anos, e nossa mãe, Diane, sofreram muito com isso. Então, com os incentivos dos meus avós, decidi recitar daimoku para acabar com tanta tristeza, pois, se minha família sofre, eu também sofro. Eu estava com 9 anos e determinei diante do Gohonzon que jamais abandonaria a prática da fé”, diz.

Ela, que nasceu em Itanhaém, SP, numa família praticante do Budismo de Nichiren Daishonin, relembra-se das atividades da BSGI com carinho, e como os incentivos que teve na DE foram importantes nessa fase. “Aprendi a ser uma menina estudiosa, uma boa filha e a não desistir dos sonhos. Além disso, com a prática budista, a relação com minha família foi ficando cada dia melhor. Minha mãe se tornou mais confiante e, aos poucos, conseguimos lidar com a ausência do meu pai. Também tive apoio dos líderes da localidade. Certa vez, Marcio Ferreira, líder da RM, contou um relato incentivador numa reunião e disse que ‘não há oração sem resposta’. Isso ficou gravado em mim.”

Brenda assimilou que, por meio da sincera fé, conquistaria seus objetivos e o primeiro deles era a felicidade da família. “Minha mãe, que agora cuidava de tudo sozinha, estava em busca de um emprego para custear nossas despesas. Eu recitava gongyo e daimoku decidida a mudar minha vida e fazer a diferença em casa para que minha mãe conseguisse um bom trabalho. Pouco tempo depois ela foi contratada por uma empresa. Assim, comprovamos aquela frase, ‘não existe oração sem resposta’”.

Reprodução/Foto-RN176 Brenda e a família em sua festa de 15 anos

Ela continua: “Um ano e meio depois, minha mãe conseguiu serviço numa churrascaria longe de casa, mas, determinada, acordava às 6 horas da manhã, pegava a bicicleta e ia sorridente para o novo emprego. Fez isso durante alguns anos até que o estabelecimento faliu. Segui orando daimoku lado a lado com ela e, mesmo quando minha mãe desanimou, continuei a praticar sozinha, pois, tinha a certeza de que minha vida desabaria sem o Nam-myoho-renge-kyo”.

Vencer sempre

Brenda desenvolveu uma postura inabalável diante dos desafios e continuou se empenhando na organização. “Participava das atividades procurando aplicar o que ouvia em casa, e me esforçando para manter a prática diária. Muitas vezes, quando falhava, com os incentivos dos meus avós, retomava com mais determinação, e hoje estou aqui. Recito trinta minutos, às vezes quarenta, de daimoku todos os dias para minha família praticar o budismo e ser feliz comigo”, conta.

Ela cita também que a oração fez despertar a força e a coragem para criar a própria história com autenticidade e sabedoria. “Continuei estudando e estou prestes a concluir o ensino médio. Fiz verdadeiras amizades na escola e, em casa, sempre procuro manter a harmonia. Quando minha irmã e eu nos desentendemos, eu a convido para recitar daimoku e fico feliz quando ela aceita. Também converso bastante com minha mãe e com meus avós sobre o meu futuro. Tempos atrás fiquei com dúvida se deveria cursar arquitetura na faculdade, mas, sem afinidade com matemática, resolvi mudar os planos” (risos).

Para ela, objetivos não faltam e, sonhadora, revela ainda que tem o sonho de viajar para outros países. O primeiro destino é a França: “Fico imaginando a Torre Eiffel num passeio por Paris. Deve ser um lugar romântico e lindo de se ver!”.

Por enquanto, a jovem se dedica ao curso que iniciou no ano passado na Polícia Militar — uma chance de se reinventar. “Mesmo cursando o último ano do ensino médio, achei que essa experiência valeria a pena e estou adorando o curso! Já me imagino trabalhando no setor de segurança pública. As aulas são on-line e preciso conciliá-las com os estudos na escola, que segue oferecendo conteúdo digital para os alunos desde o começo da pandemia. Em tempos tão difíceis, oro pela felicidade de todas as pessoas e estou otimista”, complementa.

Ela, que há pouco mais de um ano ingressou na Divisão Feminina de Jovens, revela que o aprimoramento que obteve na DE foi primordial para essa nova etapa: “Essa adaptação não é nada fácil. Mas tenho determinação e fé para seguir com minhas metas. Acordo todo sábado às 8h30, recito gongyo e daimoku, tomo café da manhã e assisto às aulas do curso sem falhar. Isso sem esquecer das atividades na organização e das lições da escola! (risos) Preciso dar o meu máximo para oferecer um futuro melhor para minha irmã e minha mãe. Mas o principal é deixar minha família orgulhosa de mim. Quero que sejam sempre unidos e felizes. Para mim, imagino um bom trabalho, uma casa, com uma sala grande para realizar atividades e um oratório maravilhoso. Quando esse dia chegar, agradecerei ao Gohonzon, aos meus avós e, claro, a Ikeda sensei, porque sem eles nada disso aconteceria”, conclui.

Brenda Ferreira Santos, 16 anos. Estudante. Resp. pela DFJ do Bloco Fluvial. RM Litoral Sul, CGSP, CGESP.