Sucessor do lendário Antonov An-2 deve voar em 2022

ROTANEWS176 E POR AIRWAY 30/12/2021 09:40                                                                                                      Por Ricardo Meier

Turboélice monomotor LMS-901 Baikal teve o primeiro protótipo apresentado na MAKS 2021 e deve entrar em produção em 2023

Reprodução/Foto-RN176 O primeiro protótipo do Baikal na feira MAKS 2021 em julho (MAKS)

A Rússia não está apenas desenvolvendo uma nova série de aeronaves comerciais, mas também buscando um substituto para o lendário Antonov An-2, biplano com motor radial a pistão que até hoje é usado em regiões remotas do país.

O mais provável candidato é o LMS-901 Baikal, um monomotor turboélice projetado pela Baikal Engineering. A aeronave teve o primeiro protótipo revelado na MAKS 2021 e deveria ter realizado seu voo inaugural ainda neste ano.

Mas, segundo declaração de Dennis Manturov, Ministro da Indústria e Comércio da Rússia, “Isso definitivamente acontecerá no início do [próximo] ano,” em resposta à agência TASS nesta quarta-feira.

Ao contrário de outros projetos importantes, o Baikal não pertence à United Aircraft Corporation e sim à Ural Works of Civil Aviation, sediada em Ecaterimburgo (antiga Sverdlovsk).

Reprodução/Foto-RN176 Concepção artística do Baikal (UWCA)

A empresa espera iniciar a produção em série do monomotor utilitário em 2023, com expectativa de atingir 300 aeronaves até 2030.

O LMS-901 Baikal é equipado com um motor H80 desenvolvido pela GE Aviation em sua subsidiária na República Tcheca. A aeronave pode transportar nove passageiros ou 2 toneladas de carga útil em distâncias de até 1.500 km.

O turboélice é capaz de atingir 300 km/h e é configurado com trem de pouso fixo convencional, como o An-2. Seus principais concorrentes são o Cessna Caravan e o Pilatus PC-6. O preço do Baikal é estimado em US$ 1,6 milhão, sensivelmente mais barato que os modelos ocidentais.

Apesar do projeto moderno, o Baikal tem um enorme desafio pela frente já que o An-2 teve mais de 18.000 aviões produzidos até 2001, um marco quase impossível de ser superado atualmente.