Tornar o sonho possível

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  06/03/2021 11:11

RELATO

A história vitoriosa de Maria José reflete sus forte convicção e coragem, bem como sua habilidade de transformar qualquer realidade.

Reprodução/Foto-RN176 Maria José Freitas dos Santos,  Resp. pela DF da Comunidade Mendara, RM Augusto Montenegro, Sub. Amazônia Oriental, CRE Oeste, CGRE

Maria é uma mulher valente que saiu da Paraíba, em 2005, para morar no Pará. Ela, que já praticava o budismo, viu nessa mudança uma chance de realizar sua revolução humana e crescer profissionalmente. “Vim para auxiliar minha filha, Enilza, e minha neta, Emiliene. Estava com 44 anos e à procura de trabalho; meu currículo foi recusado diversas vezes por conta da minha idade. Porém, sabia que nada seria empecilho, pois eu tinha o Gohonzon e o daimoku. Havia determinado trabalhar num grande hotel e ficar nessa empresa até me aposentar.” Com tal convicção, em fevereiro de 2006, consegue o tão sonhado emprego. “Fui me desenvolvendo e permaneço como funcionária até hoje”, conta.

Foco no objetivo

No mesmo ano em que chega ao Pará, Maria deixa a residência da filha com poucos bens materiais e o sincero desejo de conquistar harmonia familiar. “Aluguei uma casa e tinha apenas uma rede, um televisor, um fogão de duas bocas e caixotes que improvisei como móveis. Sabia que aquilo era passageiro e, aos poucos, adquiri o que precisava. Certo dia, percebi que havia conseguido mobiliar a casa. Chorei de felicidade!”

Apesar das conquistas, almejava ter casa própria. No entanto, seu sonho parecia distante. “Eu não tinha como financiar um imóvel, mas, conversando com uma veterana, fui aconselhada a focar nesse objetivo. Isso me fez refletir e mudar minha postura.”

Em paralelo, ela se desenvolve na organização, dedicando-se à Divisão Feminina (DF) e se aprimorando nos estudos e na prática budista. “Frequentava as aulas da Academia Magia da Leitura e me esforcei nos estudos para fazer o Exame de Budismo. Hoje, sou Grau Médio e isso me deixa muito emocionada. Superei as dificuldades para ler, estudar, fazer a matéria da reunião de palestra, realizando a minha revolução humana. Que grande vitória!”

Maria segue confiante, criando um ritmo de avanço contínuo. E para suas metas, traça novas estratégias. “Em 2018, quando organizava a quinta mudança de residência, decidi que a próxima seria para meu próprio imóvel. Resgatei os conselhos da amiga veterana, compreendendo que ter foco nos objetivos é acreditar que nada é impossível, é acreditar no nosso potencial por mais que a realidade se apresente diferente. As circunstâncias não determinavam minha vida, mas sim meus sonhos e meu esforço para concretizá-los. E essa mudança de pensamento foi o mais importante nessa jornada.”

Ela continua: “Decidi transformar minha condição financeira para contribuir para a felicidade das pessoas na luta pelo kosen-rufu. Com muita gratidão, eu me empenhei como membro ativo do Departamento de Contribuintes (Kofu), incentivando as companheiras da organização a vencer junto comigo”.

Vencer na pandemia

O tempo passou e o ano de 2020 começa com descanso de férias para Maria. “Após voltar ao trabalho, veio a pandemia. O movimento do hotel diminuiu bastante e em abril ganhei novas férias. Mas, antes do término, fui informada que meu contrato seria rescindido. Sem me abalar, segui recitando daimoku com a certeza de que não seria demitida, pois havia determinado me aposentar nesse emprego. Então, dois dias depois da data agendada para a assinatura da rescisão, fui comunicada de que continuaria empregada no hotel. Venci em meio à pandemia, quando muitos perderam seus empregos. Além disso, não adoeci, mesmo tendo de sair para trabalhar”, cita.

A readaptação ao trabalho e às atividades da organização exige dela ainda mais cuidados, criatividade e disposição. “O trabalho se tornou desgastante por conta do corte de funcionários. Chegava a casa exausta, mas não deixava de incentivar as companheiras da DF por telefone e pelas redes sociais, visualizando o sucesso das atividades comemorativas de fundação. E tivemos a participação de todas nos encontros, mais dez convidadas em cada bloco. Além disso, ensinei o Nam-myoho-renge-kyo para nove senhoras!”, comemora.

Tamanho empenho reflete positivamente em sua vida e as vitórias na família e com relação aos objetivos pessoais não demoram a surgir. “O primeiro aspecto foi transformar a desarmonia familiar. Eu, que não tinha um bom relacionamento com minha filha, senti que as orações alcançaram seu coração e transformaram o meu. Hoje temos um bom convívio. Ela mora e atua na organização em Brasília, DF, e em setembro do ano passado retomamos o contato. Então, ela me ofereceu a casa que tinha em Belém, facilitando completamente a compra desse imóvel, como uma maneira de realizar algo bom por mim. Foi uma surpresa muito emocionante! Naquele momento vencia a desarmonia familiar e, ao mesmo tempo, conquistava o sonho da casa própria; espaçosa e arejada, com quartos para mim e para minha filha, do jeito que havia visualizado!”

Reprodução/Foto-RN176 Maria e familiares na festa de 15 anos da neta, Emiliene

Maria finaliza: “Inspirada em Ikeda sensei, nunca esmoreço. E na luta pelo kosen-rufu, junto com os amigos Soka, cada desafio é uma oportunidade de transformação de vida e de comprovação da prática da fé. Nichikan Shonin afirma: ‘Se crer neste Gohonzon e professar o Nam-myoho-renge-kyo, não haverá oração sem resposta, nem pecado imperdoável, toda fortuna será concedida e toda justiça será provada’”.1

No topo: Maria José Freitas dos Santos

Maria José Freitas dos Santos, 59 anos. Copeira. Resp. pela DF da Comunidade Mendara, RM Augusto Montenegro, Sub. Amazônia Oriental, CRE Oeste, CGRE.

Nota:

  1. Coletânea de Nichikan Shonin, p. 443.