ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 04/07/2020 20:10
ENCONTRO COM O MESTRE
Em suas palavras, o Dr. Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), reconhece que as componentes da Divisão Feminina da Soka Gakkai formam a maior organização de mulheres em prol da paz em todo o mundo. O Encontro com o Mestre desta edição apresenta o emocionante trecho final de recente ensaio de Ikeda sensei em homenagem às mulheres.
Reprodução/Foto-RN176 Dr. Daisaku Ikeda e sua esposa Sra. Kaneko Ikeda, ele é um filósofo, escritor, fotógrafo, poeta e líder budista e atualmente é o Mestre e Terceiro Presidente da Soka Gakkai Internacional – SGI. Ele declara que a rede formada pelas mulheres Soka “reluz como um inigualável farol de paz e cultura”. Na foto, ele e sua esposa, Kaneko, admiram flores em Kumamoto (Japão, set. 1990) – Editora Brasil Seikyo – BSGI
- DAISAKU IKEDA
Na Europa, 6 de junho também assinala o Dia de Mestre e Discípulo.
Atualmente, por meio de séries como “Nossos Membros ao redor do Mundo” e “Levantando-se da Crise”, o Seikyo Shimbun vem apresentando as contribuições que os membros da Europa e de outros lugares estão prestando para a sociedade em meio às circunstâncias desafiadoras da corrente pandemia do Covid-19. Todos eles sustentam a indômita filosofia de respeito à dignidade da vida e o humanismo budista. As histórias deles estão inspirando pessoas do mundo inteiro.
Em 3 de maio deste ano, na Espanha, minha série de explanações sobre o escrito de Nichiren Daishonin Atingir o Estado de Buda nesta Existência foi publicada em forma de livro em duas línguas regionais: galego e basco.
Um jornal local da Galiza declarou que o profundo princípio de “atingir o estado de buda nesta existência” elucida o empoderamento individual como a fonte de empoderamento coletivo, apontando-o como um conceito capaz de abrir o caminho para um futuro repleto de esperança no século 21.
O artigo foi veiculado em 17 de maio, Dia da Literatura Galega, que celebra a publicação de uma coletânea de poemas da célebre poetisa daquela região, Rosalía de Castro (1837–1885), a qual revitalizou a literatura galega no século 19.
A Galiza situa-se a noroeste da Espanha e possui uma longa e gloriosa história com influência celta e romana. Em seus poemas, De Castro enaltece sua região natal como o lugar mais belo no mundo e insta os leitores que sorriam e cantem para transformar o sofrimento e a dor em alegria e consolo.
A tradução galega de minha série de explanações sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência foi efetuada por uma líder da Divisão Feminina da Espanha muito perceptiva, natural da Galiza.
No mundo inteiro, mulheres admiráveis devotadas ao kosen-rufu estão fincando raízes sólidas na sociedade e realizando contribuições notáveis. Elas estão comprovando o ensinamento de que “atingir o estado de buda nesta existência” acarreta a concretização do ideal de Daishonin de “estabelecer o ensinamento para a pacificação da terra”.
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Em minha primeira viagem à Europa (em 1961), adquiri várias reproduções de pinturas em Paris. Uma delas retrata uma moça com as faces coradas conversando com um rapaz que parece ter ido visitá-la. A imagem exemplifica a vitalidade radiante da juventude.
Sempre que olhava para essa obra, lembrava-me dos personagens Marius e Cosette de Os Miseráveis de Victor Hugo (1802–1885), bem como dos membros da nossa Divisão Masculina de Jovens e da Divisão Feminina de Jovens. No verso da gravura, escrevi: “Sejam eternamente jovens”.
Outra réplica mostra um casal e seus filhos descansando na sala. A mãe, vestida modestamente, ocupa-se com a costura, enquanto as crianças se penduram no pai, que está sentado perto dela. O cachorro da família também está presente. Embora se trate de uma cena corriqueira, capta um momento familiar feliz, tendo como foco o sorriso amável da mãe.
Reprodução/Foto-RN176 Reproduções das pinturas da moça com o rapaz (à esq.) e de um casal com seus filhos (à dir.), adquiridas pelo presidente Ikeda em sua visita a Paris, França, em 1961 [ambas citadas neste ensaio]
Com a esperança de que nossas atarefadas famílias Soka também desfrutassem um círculo de convívio caloroso como esse, no qual as mães fossem valorizadas, intitulei esse quadro de “Família Harmoniosa”.
O livro espesso que repousa sobre a mesa próxima à mãe na pintura pode perfeitamente simbolizar o desejo de aprender e autoaprimorar. Seguindo os passos de Makiguchi sensei, nós, da Soka Gakkai, abraçamos totalmente o compromisso com o aprendizado e o autoaperfeiçoamento. Este é o motivo pelo qual nosso movimento nunca se estanca.
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Atingir o Estado de Buda nesta Existência também é um dos trinta escritos de Nichiren Daishonin que a Divisão Feminina de Jovens adotou como objetivo de estudo no Japão e em outros países. Essas jovens imbuídas do espírito de procura gravaram no coração a seguinte passagem: “Todos esses atos virtuosos trarão benefícios e fincarão raízes do bem em sua vida. Deve se empenhar na fé com essa convicção” (CEND, v. I, p. 4).
“Aconteça o que for, contanto que mantenhamos uma fé inabalável, nós nos tornaremos felizes sem falta! Conseguiremos triunfar diante de qualquer tipo de adversidade e desafio!” — essa é a convicção das mulheres que abraçam a Lei Mística. Por isso, elas são fortes. Por essa razão, jamais são derrotadas. Portanto, são dignas e positivas. Elas veem problemas como oportunidades para recitar Nam-myoho-renge-kyo; o que lhes permite extrair sabedoria, coragem e força, e encorajar outras pessoas. No fim, consolidarão a felicidade genuína para si mesmas e ajudarão outros a fazer o mesmo.
Uma mulher da região japonesa de Tohoku, que começou a praticar o Budismo Nichiren no ano em que assumi como terceiro presidente da Soka Gakkai (em 1960), hoje está com 100 anos. Ao se referir ao fator essencial para a verdadeira vitória na vida, ela declarou: “Ter um diamante no coração. Brilhar o mais intensamente que puder. É para isso que serve a fé (…) Não se preocupem, simplesmente empenhem-se na fé de todo o coração!”.
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No início da década de 1960, registrei em meu diário:
Poderíamos dar vários outros nomes à Divisão Feminina da Soka Gakkai: a maior organização de mulheres do mundo, o maior grupo cultural feminino, a maior organização pela liberdade da mulher, o maior grupo dedicado a expressar a individualidade e o humanismo moderno das mulheres, a maior organização feminina a serviço da melhoria da vida”. (Diário da Juventude, p. 544-545)
Hoje, como esperava — na verdade, estava confiante de que iria acontecer — nossa sólida rede unindo as mulheres Soka reluz como um inigualável farol de paz e cultura seja onde for. Graças às orações e aos esforços corajosos e compassivos dessas nobres mulheres que compartilham do meu espírito e compromisso, sobrepujamos triunfantemente cada obstáculo ao longo dos últimos sessenta anos desde a minha posse.
Oro de todo o coração para que cada uma de vocês, minhas preciosas companheiras, desfrute saúde, felicidade e longevidade. E recito daimoku ardentemente todos os dias para que, por mais escura que seja essa noite sofrida que estamos atravessando na época atual, vocês, nossos radiantes sóis Soka, dissipem a escuridão e iluminem esplendidamente o futuro do planeta, transformando veneno em remédio.
Fonte:
Este conteúdo é composto por trechos do ensaio da série “Irradie a Luz da Revolução Humana” publicado no Seikyo Shimbun do dia 1o de junho de 2020.