ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 18/01/2020 14:10 Por Julio China – Primeiro vice-presidente da BSGI
Desejo a todos um 2020 de vitórias magníficas! O que determinamos no início do ano tem o grande poder de moldar o restante do período, desde que sigamos fiéis aos nossos objetivos.
Nós, da Soka Gakkai, aprendemos a desenvolver o espírito de que “não importa o que tenha acontecido até agora, o importante é daqui para a frente!”. Com essa premissa que celebramos o Ano-Novo, com o espírito de começar de novo e fazer melhor que no ano passado, é uma excelente oportunidade para despertarmos o espírito budista da “verdadeira causa” — avançar sempre a partir do presente momento. Quando agimos assim, nossa vida transborda de incontida alegria.
“A pessoa que celebra esse dia [de Ano-Novo] acumulará virtudes e será amada por todos” (CEND, v. II, p. 405). Com essa frase do escrito Carta de Ano Novo, podemos entender que, aquele que resolve “dar um passo na transformação” — de mudança e de crescimento — será estimado e apreciado por todos e se torna referência da fé que transforma. E isso é um grandioso incentivo prático.
Então, podemos afirmar que, quando praticamos o budismo, de fato deixamos os seis baixos estados (condições de vida) e passamos a viver nos estados de bodisatva e de buda, com o exercício cotidiano da benevolência. Ao falarmos em transformar o carma negativo por meio da prática da fé, falamos de uma mudança da postura mental bruta para uma condição de humanidade plena do estado de buda.
Se perguntarmos qual é o carma da pessoa, ela vai enumerar suas maiores dificuldades ou sofrimentos. Mas dificuldades e sofrimentos não são o carma em si; eles podem ser classificados como “espelho” do carma. O carma real e mais profundo que devemos observar é a nossa maneira de pensar e de ser, ou seja, nossa tendência que gera essa realidade.
Podemos conhecer alguém que diz: “Olha, não venha com conversa porque eu sou assim e não vou mudar!”. Essa forma de pensar e de ser, se não for a principal, é uma das mais influentes tendências dessa pessoa que define seu destino.
Por isso, “revolução humana” como uma moderna metáfora para “iluminação”, que enseja um processo gradativo, faz muito sentido. É preciso entender também que gradativo não quer dizer necessariamente lento.
Na Soka Gakkai, aprendemos a observar nossos estados de vida, analisar e refletir. Dada essas experiências, somos impelidos a revolucionar nossa forma básica de pensar e de agir por conta da experiência de exercitar a benevolência como base da prática da fé.
Quem é arrogante, por exemplo, pode por iniciativa própria ser mais educado; o aproveitador decide não usar mais as pessoas. Todas essas mudanças encaminham o indivíduo para a “vitória na existência”. Não é uma vitória simples sobre um problema ou outro, mas “uma vitória existencial”.
Que tal renovarmos as decisões não apenas no nível individual, mas sim no nível de “como posso fazer a diferença para os companheiros”.
Vamos avançar eternamente juntos com Nichiren Daishonin e os Três Mestres Soka, que nos ensinam que, através da participação nas atividades da organização, trilhamos o caminho adequado para a iluminação e ao lado de Ikeda sensei, com quem aprendemos tudo e temos a grata satisfação de convivermos na mesma época!