ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 10/04/2021 09:7
REDAÇÃO/CIDADANIA GLOBAL
A partir do juramento de se dedicar à felicidade das pessoas, Tatiana se esforça pela expansão do movimento Soka em terras suíças
Reprodução/Foto-RN176 Tatiana com o marido, Giose, e o filho, Leonardo – Editora Brasil Seikyo – BSGI
A carioca Tatiana saiu do Rio de Janeiro em 2005 para morar em Portugal, vivendo uma experiência que deu um novo rumo à sua vida. “Essa viagem foi fruto de um objetivo lançado num curso de aprimoramento da SGI que fiz no Japão, em 2001, de estudar na Universidade Soka da América (SUA), e o primeiro passo era me aprimorar na língua inglesa. Tentei fazer um intercâmbio de idiomas nos Estados Unidos, mas meu visto foi negado, e acabei indo para Portugal, a convite de uma amiga, onde morei por dois anos. Conheci meu marido, Giose Benvenuto, numa atividade da Soka Gakkai e, então, decidimos ir para Londres, Inglaterra, para seguir com meus sonhos”, conta.
Sem desistir de cursar a Universidade Soka da América, ela se esforçava para estudar inglês. Mas um problema de saúde faz Tatiana mudar os planos: “Fui reprovada na primeira tentativa para entrar na universidade, e na segunda, descobri que estava com menopausa precoce. Eu, que tinha o desejo de ser mãe, decidi ser vitoriosa por meio da prática e recitava firme daimoku junto com Giose para isso. Também tivemos total apoio dos amigos Soka da localidade. Seis meses depois, engravidei. Quanta gratidão! Com o nascimento do Leonardo, iniciava-se um novo ciclo”.
Após sete anos na badalada Londres, ela e o marido resolvem se mudar, em 2016, para criar o filho num novo estilo de vida. “Tínhamos uma lista com vários lugares e optamos pela cidade de Locarno, Suíça — pequena e repleta de áreas verdes. Ainda no início, encontrar emprego foi algo difícil para Giose. Com as economias se esgotando, ele passava o dia procurando trabalho; e eu, por vezes recitava daimoku a noite inteira com a convicção de que ele encontrasse um emprego no qual pudesse falar inglês ou italiano, sua língua materna, uma vez que boa parte das vagas exigia o domínio do alemão.”
Reprodução/Foto-RN176 Com integrantes da DF da Suíça – Editora Brasil Seikyo – BSGI
Ela continua: “Com base no trecho de um dos escritos de Nichiren Daishonin ‘Meu desejo é que todos os meus discípulos façam um grande juramento’,1 compreendemos que o mais importante era jurar realizar kosen-rufu da Suíça. Apesar da excelente estrutura do país e da condição financeira das pessoas, elas também enfrentavam problemas comuns ao ser humano, lutando contra a própria escuridão. Certo dia, enquanto fazia minhas orações, eu me emocionei ao sentir um forte desejo de me dedicar à felicidade do povo suíço. Uma semana depois desse daimoku de juramento, meu marido conseguiu um trabalho tal como determinamos. Não tenho dúvidas de que a chave da mudança foi retomar o juramento pelo kosen-rufu”, salienta.
Nesse sentido, a atuação do casal na Soka Gakkai representa uma chance de desenvolvimento. “Na SGI-Suíça, temos três grandes sedes que atendem cerca de 1.600 membros. Mas, no momento, as quatro atividades mensais que promovemos são virtuais. Uma curiosidade é que as reuniões de líderes são realizadas simultaneamente em francês, italiano, alemão e inglês, os idiomas falados no país. Na parte italiana, somos líderes de um distrito com 28 membros, o qual tinha muitas dificuldades. Focamos no movimento de visitas e nas atividades semanais, e os demais líderes nos dizem que se sentem tranquilos com nossa presença. (risos) Com toda a gratidão, tenho posto em prática tudo o que aprendi no Brasil e sinto muito orgulho do aprimoramento na organização de base e na querida Asas da Paz Kotekitai, da qual fui líder por seis anos.”
Reprodução/Foto-RN176 Ela, que faz trabalhos voluntários em agricultura e jardinagem, em atividade numa floresta com alunos da escola em que atua
Tatiana, que escreve livros para crianças, segue se empenhando na área de educação infantil, trabalhando na conceituada Escola Waldorf, na qual o filho estuda. “Retomei o sonho de atuar profissionalmente com base na educação humanística Soka. E também estou fazendo um curso em Milão, Itália, para me aperfeiçoar. Outro benefício é que há menos de um mês recebemos o visto de residência permanente. Que alegria! Meu desejo é conquistar cada vez mais a confiança das pessoas e expandir o kosen-rufu neste país que considero minha segunda casa”, finaliza.
No topo: Tatiana com o marido, Giose, e o filho, Leonardo
Nota:
- Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 269,