ROTANEWS176 E POR IG CARROS 01/02/2021 12:14
Saiba quais foram os detalhes que escaparam para estas fabricantes
A indústria automotiva sempre esteve em constante evolução para que o consumidor tenha a opção de escolher por veículos mais modernos, equipados e econômicos. Mas apesar das montadoras apostarem alto em seus produtos, nem sempre consegue-se chegar ao que seria o ideal. Além disso, o chamado “custo Brasil” atrapalha.
Partindo disso, a reportagem do iG Carros enumera cinco modelos que ainda se enquadram no que há de mais moderno no mercado, mas que poderiam dar atenção especial para detalhes importantes.
1 – VW Polo 1.6 MSI
Reprodução/Foto-RN176 Volkswagen Polo 1.6 MSI: modelo peca por não ter câmbio de seis marchas – Renato Maia/Falando de Carros
Quando a Volkswagen renovou o Fox em meados de 2014, lançou a versão com motor 1.6 MSI de 120 cv de potência e 16,8 kgfm de torque. Mas o grande destaque ficou pelo câmbio manual de seis velocidades, que garantia mais economia de combustível e conforto ao hatch compacto.
Na hora de lançar o mesmo motor no Polo em 2017, a Volkswagen instalou câmbio manual de cinco marchas, mesmo que o conjunto mecânico de seis já existisse em sua linha em um veículo mais antigo.
O Polo MSI está longe de ser um carro ruim, mas poderia ser melhor se tivesse o conjunto de seis marchas. Na estrada, o motor 1.6 é muito barulhento em velocidades que superam os 100 km/h, dando a impressão de que uma sexta marcha se faz necessária para “desafogar” o esforço. Fica a dica para a Volkswagen: na hora de lançar nas versões reestilizadas de Polo e Virtus em 2021, apostem no câmbio manual de seis marchas.
2 – Chevrolet Onix Plus Premier 1.0
Reprodução/Foto-RN176 Chevrolet Onix Plus: apesar de ser recheado de itens de segurança, faltam freios a disco nas rodas traseira – Divulgação
O Chevrolet Onix Plus é referência em segurança. O sedã conta com seis airbags (frontais, laterais e cortina), controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, sensores de ponto-cego e chamada de assistência de emergência. Mas fica devendo na ausência de freios a disco nas quatro rodas.
Nas rodas traseiras, o Onix Plus traz conjunto de freios a tambor, diferentemente do Volkswagen Virtus em suas versões turbinadas, que trazem freios a discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira.
Freios a disco nas rodas traseiras são mais eficientes que conjuntos a tambor por conta da ventilação. O sistema é mais resistente a altas temperaturas, garantindo maior capacidade de frenagem para o veículo. Apesar de ser recheado de equipamentos de segurança, neste quesito o modelo da Chevrolet fica devendo.
3 – Fiat Argo HGT 1.8
Reprodução/Foto-RN176 Fiat Argo HGT 1.8: modelo tem motor antiquado na comparação com os principais rivais – Divulgação/Fiat-Chrysler Automóveis
Segundo as leis da termodinâmica, motores de três cilindros são os mais eficientes pela capacidade cúbica. Eles têm a mesma cilindrada de um propulsor de quatro cilindros, mas pela menor quantidade de peças e redução de atrito, acabam rendendo mais e sendo mais duráveis.
Motores de três cilindros também favorecem o torque, pois com um cilindro a menos, a perda de calor durante o processo de funcionamento tende a ser menor. Se for turbinado, o retardo de resposta do acelerador é amenizado, melhorando o torque e adicionando toques de esportividade na condução.
Em ambos os fatores, o Fiat Argo fica devendo. Sua versão mais cara tem motor 1.8 aspirado de quatro cilindros, antiquado para os dias de hoje. A Fiat já está trabalhando em sua modernização, mas ao menos por enquanto, o Argo merece um lugar na lista de carros que poderiam ser melhores.
4 – Peugeot 208 Like Pack 1.6
Reprodução/Foto-RN176 Peugeot 208: crise econômica fez a PSA manter conjunto mecânico antiquado – Carlos Guimarães/iG
Todos esperavam mais da nova geração do Peugeot 208 , lançada no Brasil no ano passado, mas a crise econômica fez com que a PSA segurasse investimentos na América Latina. Dessa forma, o hatch compacto foi lançado com o mesmo motor e câmbio da geração anterior, abandonando opções turbinadas.
O Peugeot 208 está disponível apenas com motor 1.6, de 118 cv de potência e 15,5 kgfm de torque, com câmbio automático de seis marchas. A fabricante francesa também prometeu importar sua versão elétrica, com 340 km de autonomia, a partir do segundo semestre de 2021.
Na Europa, o hatch está disponível com motor 1.2 Puretech, com versões de 75, 100 e 130 cv de potência. O modelo ainda tem versão GTI, com motor turbo 1.6, de 225 cv. No Brasil, infelizmente, ficamos chupando o dedo.
5 – Honda Fit EXL 1.5
Reprodução/Foto-RN176 Honda Fit EXL: mecânica do monovolume evoluiu pouco ao longo dos últimos 10 anos – Divulgação
O Honda Fit sempre foi um veículo sem medo de romper padrões e apostar no inusitado no resto do mundo. Na China, por exemplo, o monovolume japonês está disponível até mesmo com motor 1.0 turbo de três cilindros, seguindo o que há de mais moderno no segmento. No sudeste asiático, o Fit também tem uma versão híbrida que pode fazer 22,2 km/l, mas no Brasil, o monovolume da Honda acabou parando no tempo.
Por aqui, a marca continua apostando no antiquado 1.5,de 116 cv de potência e 15,3 kgfm de torque, com versões manuais de cinco marchas ou automáticas do tipo CVT. O modelo pouco mudou sua mecânica em dez anos, e precisa se reinventar para manter a competitividade.
A Honda já trabalha no lançamento da próxima geração do Fit no Brasil. O monovolume era candidato a ser atração do Salão do Automóvel de 2020, se a vida neste planeta não tivesse mudado completamente por conta da pandemia. Agora que a marca japonesa terá uma versão hatch para o City, a tendência é que o Fit deixe de ser o modelo mais barato da Honda no Brasil.