ROTANEWS176 16/12/2023 09:15 Aprender com a Nova Revolução Humana Por Hiromasa Ikeda
Reprodução/Foto-RN176 Desenho de ilustração da matéria – Ilustrações: Kenichiro Uchida
Cada elemento — a cerejeira, a ameixeira, o pessegueiro, o damasqueiro — em sua própria entidade, sem sofrer qualquer mudança, possui os três corpos eternamente dotados [do Buda] (…)
Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente1
Fazer brilhar o nosso melhor
Em 2 de janeiro de 1972, antes da primeira reunião geral de vários grupos universitários formados em diversas universidades do Japão, Shin’ichi Yamamoto falou com um grupo de membros estudantes e encorajou um jovem em particular.
— Não posso deixar de notar que, embora pareça ter uma índole gentil, também é um pouco medroso. Estou enganado?
— É verdade — respondeu Yamaguchi em voz baixa.
— A menos que evidenciemos os melhores aspectos de nosso caráter e tendências interiores, esses fatores muitas vezes podem se transformar em causas de infelicidade. Podemos considerar nossa personalidade como uma manifestação de nosso carma, que pode determinar nosso estado mental e felicidade na vida — observou, então, Shin’ichi.
As palavras de Shin’ichi prenderam a atenção dos jovens. Eles ouviam com grande interesse enquanto ele prosseguia.
— As pessoas possuem diferentes traços de caráter e de personalidade. Algumas possuem uma natureza vulnerável e são facilmente influenciadas pelos outros, ao passo que outras se enraivecem rapidamente. Umas sempre se depreciam, enquanto outras ficam amuadas o tempo todo. E algumas criticam e reclamam constantemente. Falando de modo geral, muitos fatores contribuem para a formação de nossa personalidade — genética e características herdadas, bem como ambiente familiar e outras experiências ao longo de nosso crescimento. Tudo isso, no entanto, tem forte ligação com o nosso carma; ou seja, o acúmulo de nossos atos, palavras e pensamentos no decorrer de existências prévias. Como resultado, alguns têm o infortúnio de possuir um tipo de personalidade que atrai apenas fracasso e ruína para a própria vida.
(Trechos do capítulo “Coração e Alma”)
Por exemplo, a jornada de Kamakura a Kyoto leva doze dias. Se viajar onze dias e parar quando estiver faltando apenas um dia, como poderá admirar a Lua sobre a capital?
Carta para Niike2
Buscando o kosen-rufu ao longo da nossa vida
Em janeiro de 1972, Shin’ichi visitou Koza (parte da atual cidade de Okinawa). Durante a sua visita, ele participou de uma sessão de fotos comemorativas e incentivou os membros. Ele compartilhou as seguintes palavras com uma integrante idosa da Divisão Feminina.
Não há formatura nem aposentadoria da fé. De fato, viver significa continuar lutando.
Entrar em contato com os mais idosos de Okinawa, que realizavam firmemente a prática da fé apesar da idade avançada, fizera o espírito de luta de Shin’ichi arder ainda mais.
— As pessoas de mais idade possuem grande força. A enorme experiência de vida delas fornece-lhes uma sabedoria fundamental em relação à vida. Elas também têm uma extensa rede de amigos e conhecidos. Quando essas pessoas realizam esforços diligentes em prol do kosen-rufu, conseguem demonstrar muitas vezes a capacidade dos jovens — prosseguiu falando à mulher diante dele.
— Avancemos juntos com a determinação de compartilhar o budismo com todos que conhecemos. (…)
Em outras palavras, para atingir o estado de buda nesta existência, devemos trilhar o caminho da fé sem parar, até o último momento. Nascemos neste mundo como bodisatvas da terra que trabalham pelo kosen-rufu, pela felicidade do próximo e pela prosperidade da sociedade, por toda a vida.
(Trechos do capítulo “Coração e Alma”)
(Traduzido a partir da edição do jornal diário da Soka Gakkai, Seikyo Shimbun, 12 de fevereiro de 2020.)
Notas:
- The Record of the Orally Transmitted Teachings [Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente]. Tradução: Burton Watson. Tóquio: Soka Gakkai, 2004, p. 200. (Cf. Terceira Civilização, ed. 488, abr. 2009, p. 21.)
- Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 294, 2017.
Ilustração: Kenichiro Uchida
FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO