Viver pela missão

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  19/02/2022 08:12

CIDADANIA GLOBAL REDAÇÃO

A relação de mestre e discípulo continua a pulsar firme no coração de Philipe Augusto

Reprodução/Foto-RN176 Num momento de lazer em Belém, Lisboa, Philipe com Fabrícia e Pilar (ago. 2021) – Editora Brasil Seikyo – BSGI

 Lisboa, capital de Portugal, é tida por muitos como um local encantador. Repleta de padarias e bons restaurantes, é um destino bastante procurado por quem visita a Europa. É lá que vive o brasileiro Philipe Augusto Saúde Ribeiro de Souza com a esposa, Fabrícia, e a filha, Pilar.

“Pratico o Budismo de Nichiren Daishonin, por meio da Soka Gakkai Internacional (SGI), há 37 anos. Meu irmão Samuel e eu (com 5 e 9 anos, respectivamente) ingressamos na BSGI junto com nossa mãe, Hildete, em 1985, quando ela recebeu o Gohonzon”, revela Philipe. Atualmente, ele faz parte do Distrito Belém, pertencente ao Capítulo Lisboa Central, SGI-Portugal, no qual atua como vice-responsável pelo Departamento de Homens (equivalente à Divisão Sênior [DS] da BSGI).

Relembrar a atuação na época da BSGI é um prazer para Philipe, que revela detalhes de sua dedicação à organização: “Sempre fui muito assíduo nas atividades desde a época do Grupo 2001 (precursor da Divisão dos Estudantes [DE]), passando pela Divisão dos Jovens (DJ) até a Divisão Sênior. Antes de vir para Portugal, atuava como responsável pelas cinco divisões da RM Valqueire (Sub. Méier, CCSF, CGERJ) e também como responsável pelo Núcleo de Estudos Filosóficos e Religiosos (Nefir) da CGERJ”.

Em busca de novos horizontes profissionais, Philipe decidiu encarar a empreitada desafiadora de mudar de país. A escolha por Portugal foi planejada com a esposa. “O que nos motivou a mudar para cá foram as oportunidades profissionais que surgiram para nós; para mim, a possibilidade de continuar trabalhando como educador, pois sou professor há quinze anos. Para Fabrícia, a chance de avançar em seu projeto de abrir uma empresa com a irmã, que morava aqui havia alguns anos, sendo, inclusive, cidadã portuguesa.”

Philipe nos conta que a esposa e a filha foram primeiro para lá, em agosto de 2018, para agilizar a abertura da empresa e a matrícula de Pilar na escola, pois, em Portugal, o ano letivo começa em setembro. Ele seguiu para Portugal em dezembro de 2020, assim que concluiu seus compromissos profissionais.

Apesar de todo o planejamento, segundo Philipe, a mudança não foi tão tranquila: “Surgiram muitos obstáculos nesse período em que ficamos separados fisicamente, os quais foram superados com base na prática da fé, no estudo dos escritos de Nichiren Daishonin, nas orientações de Ikeda sensei e na dedicação às atividades da BSGI, no meu caso, e da SGI-Portugal, no caso delas, em especial, na propagação do budismo (shakubuku)”. Superando os desafios diários, Philipe continua a se dedicar assiduamente à organização. “Logo que cheguei aqui, comecei a participar das atividades on-line. Com os demais responsáveis da minha organização, continuo a me empenhar no incentivo aos membros e na realização do shakubuku.”

Reprodução/Foto-RN176 O irmão Samuel; a mãe, Hildete; Philipe, com a filha, Pilar, em seus braços; e Fabrícia, sua esposa, no Centro Cultural do Rio de Janeiro (2017) – Editora Brasil Seikyo – BSGI

 Unido ao coração do Mestre

Philipe continua a se dedicar nos estudos e nas leituras. Ele nos conta que lê diariamente a Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin e, por vinte minutos por dia, a obra Nova Revolução Humana (NRH), de autoria do presidente Ikeda. Segundo ele, “Sem pressa de acabar, buscando apenas obter a inspiração necessária para a vitória diária”. E enfatiza: “Desde que cheguei aqui, estou cada vez mais empenhado em vencer no campo profissional com o sincero objetivo de contribuir para o kosen-rufu de Portugal. Trabalho em um dos polos do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), instituição governamental na qual leciono disciplinas nos cursos de aprendizagem para jovens das classes populares, muitos deles em condições de vulnerabilidade social. Nesse contexto, além da recitação do daimoku, do gongyo e da prática do shakubuku diários, leio e releio, também diariamente, alguns trechos do volume 1 da NRH. Entre eles estão: “Para obter a confiança na sociedade é importante primeiro ser vitorioso em seu trabalho. Essa é a base de tudo”1 e “O trabalho é o esteio de nossa vida. Se não vencermos em nosso trabalho, não conseguiremos comprovar o princípio de que o ‘budismo é a própria vida diária’”.2

Quando perguntado sobre a relação com o presidente Ikeda, Philipe revela: “Daisaku Ikeda é meu mestre. Logo que ingressei na BSGI, passei a nutrir uma grande admiração por ele, pela sua luta, por liderar a propagação do Budismo de Nichiren Daishonin pelo mundo todo, quase ao custo da própria vida. Entretanto, com o passar dos anos, o sentimento mudou. Em meio aos meus esforços e vitórias pessoais (caindo e levantando várias vezes), e sempre tendo o Mestre como referência de dedicação em prol do kosen-rufu, a admiração deu lugar ao juramento de, assim como ele, com ele e por ele, viver pela minha missão. Não posso deixar de dizer que a minha mãe, a DJ, os veteranos e os grupos de treinamento da Divisão Masculina de Jovens (DMJ) Taiyo Ongakutai e Sokahan, dos quais fiz parte, foram fundamentais para essa transformação, a qual está em constante movimento ascendente. E desde que cheguei a Portugal, o sentimento de ser o Shin’ichi Yamamoto3 da minha localidade se intensifica cada vez mais, no trabalho, na comunidade e na organização”.

No topo: num momento de lazer em Belém, Lisboa, Philipe com Fabrícia e Pilar (ago. 2021)

Notas:

  1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I. p. 60, 2019.
  2. Ibidem, p. 238.
  3. Personagem que representa o Dr. Daisaku Ikeda na obra Nova Revolução Humana, de sua autoria.