Marca apresentou conceito de picape que utiliza a plataforma modular MQB durante o Salão do Automóvel de Nova York

ROTANEWS176 E ODIA  07/04/2018 03h00

Reprodução/Foto-RN176 Volkswagen apresenta picape conceito – divulgação

O mercado de picapes norte-americano sempre foi um dos alvos da Volkswagen. Mas nesta semana, durante o Salão do Automóvel de Nova York, que acontece até amanhã, a montadora deu um grande passo para isso ao apresentar a picape média Atlas Tanoak. Ainda conceito, o modelo com visual futurista chamou a atenção do público no evento.

A montadora até tentou levar a argentina Amarok para o mercado dos Estados Unidos, mas as taxas de importação não permitiram o movimento. Se a iniciativa for realmente para a frente, a picape Tanoak derivada do SUV Atlas, já produzido no Tennesse, será a primeira picape a utilizar a plataforma modular MQB. Ou seja, é a mesma plataforma que serve de Jetta a Up!, agora em um utilitário de grande porte.

Isso porque a Atlas TanoaK é bem maior que a Amarok. São 5,43 m de comprimento contra os 5,25m da picape média. O conceito é maior também no entre-eixos e largura: 3,26 m (17 centímetros a mais) e 2,03 m de largura ( 8 cm a mais). O utilitário da alemã só empata na altura. O porte é semelhante ao das principais rivais por lá, como da F-150 e Chevrolet Silverado.

De acordo com a própria Volkswagen, a presença da picape no salão ainda não representa nada concreto. “Viemos testar as reações dos compradores e da imprensa especializada, já que o segmento das picapes é o que tem maior volume de vendas no país”, diz o texto de apresentação do modelo.

A escolha da plataforma modular também foi uma surpresa para todos. Com ela, além de ficar mais leve, o modelo consegue ser mais rígido e firme. Nas picapes tradicionais, montadas sobre chassis, a caçamba fica separada da cabine. Já na Tanoak, que usa a plataforma MQB, tudo faz parte de apenas um volume.

Mas a utilização da plataforma traz algumas obrigações. Diferente da maioria das picapes desse porte, que utilizam os gigantes motores longitudionais, o modelo derivado do Atlas é obrigado a utilizar um motor transversal. Nesse quesito, a picape usa um V6 3.6 a gasolina, de 280 cavalos e 36,7 quilos de torque. O conjunto está combinado a um câmbio automático de oito marchas. Há também a tração integral 4Motion. De acordo com a Volks, o modelo é capaz de chegar aos 100 km/h em apenas 8,8 segundos.

Graças à plataforma monobloco e à opção por suspensões independentes na traseira, de molas helicoidais, o modelo deve ter um comportamento em curvas mais sóbrio.

Irmã do SUV Atlas, a picape utiliza as mesmas linhas na dianteira. A única diferença no design está no emprego de barras de LEDs que unem e iluminam tanto os dois faróis e a marca, quanto as saídas de ar no para-choque. Além disso, foi inserido um protetor metálico com o nome do modelo.

A partir da coluna B, localizada entre as duas portas, o modelo é outro. As portas traseiras são disfarçadas pela ausência de uma maçaneta visível. Para entrar na segunda fileira, há um “buraco” onde está escondido o mecanismo para a abertura. A escolha da montadora reforça a proposta jovem e esportiva da picape.

Na traseira, a picape também tem LEDs em toda extensão da caçamba, unindo as duas lanternas. A marca, que fica no centro da tampa do compartimento, também é iluminada. O parece ter sido inspirado no conceito da picape Classe X da Mercedes.