Maior drone brasileiro, Atobá fará aparição pública pela primeira vez

ROTANEWS176 E POR AIRWAY 11/01/2022 10:29                                                                                                   Por Ricardo Meier

 Aeronave não tripulada desenvolvida pela empresa Stella Tecnologia pesa meia tonelada e é capaz de permanecer em voo por 28 horas ininterruptas

Reprodução/Foto-RN176 O drone Atobá (Stella Tecnologia)

O Atobá, maior drone fabricado no Brasil, participará da Rio Innovation Week 2022, evento de tecnologia e inovação que acontece entre os dias 13 e 16 de janeiro no Jockey Club Brasileiro na capital fluminense.

Para quem nunca ouviu falar da aeronave não tripulada, Airway apresentou o modelo em uma entrevista com Gilberto Buffara, CEO da Stella Tecnologia, que desde 2015 desenvolve o projeto.

Com 500 kg e asas com envergadura de 11 metros, o Atobá é equipado com um motor a gasolina instalada na parte posterior da fuselagem e que move hélices propulsoras. Um dos grandes trunfos é a autonomia de 28 horas transportando até 70 kg de equipamentos para monitoramente.

Segundo a Stella, o UAV pode executar diversas tarefas remotas como “monitorar a floresta Amazônica, nossa faixa oceânica e cuidar do país fiscalizando o desmatamento, as queimadas, e poluidores institucionais dos nossos mares”.

Reprodução/Foto-RN176 O aparelho e controlado por uma estação de rádio portátil (Stella Tecnologia)

No evento, que começa na próxima quinta-feira, Buffara fará uma palestra sobre a indústria das aeronaves não tripuladas e sobre o desenvolvimento do Atobá, que fará sua primeira aparição pública.

A Stella foi fundada há pouco mais de seis anos por Buffara e Eudes de Orleans e Bragança e contou com o apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da universidade privada Estácio de Sá.

Reprodução/Foto-RN176 O Hermes 900, operado pela FAB (FAB)

Na época da entrevista, o CEO alimentava a expectativa de comercializar o Atobá, que possuía preço bastante atraente, de US$ 8 milhões para duas aeronaves e uma estação de controle. Segundo o executivo, as três forças armadas brasileiras demonstraram interesse no aparelho.

No final de 2021, no entanto, a Força Aérea Brasileira assinou contrato com AEL Sistemas para o fornecimento de mais dois drones Hermes 900, fabricados pela israelense Elbit, proprietária da primeira.