Viver com o Gosho: volume 20 (parte 3)

ROTANEWS176 22/06/2024 11:15                                                                                                                              APRENDER COM A NOVA REVOLUÇÃO HUMANA                                                                                                Por Hiromasa Ikeda                                                                                                                                      

Reprodução/Foto-RN176 Desenho de pessoas para ilustrar a matéria – Ilustração: Kenichiro Uchida

E ainda que os adeptos das escrituras não budistas ignorassem isso, a sabedoria desses homens [que auxiliaram e protegeram as pessoas] concordava, em essência, com a sabedoria do budismo.

O Kalpa de Diminuição1 

Todas as pessoas podem criar a própria felicidade

Em 16 de setembro de 1974, Shin’ichi Yamamoto encontrou-se com o Prêmio Nobel Mikhail Sholokhov. Nessa ocasião, eles mantiveram um diálogo cheio de vida, compartilhando ideias sobre o destino, tema central do romance de Sholokhov chamado O Destino de um Homem.

Trazendo à baila O Destino de um Homem de Sholokhov, Shin’ichi indagou:

— Embora pareça que o destino de uma pessoa possa se modificar mudando de ambiente ou de circunstâncias, se ponderarmos seriamente sobre o que é realmente necessário para a mudança do destino, tenho a impressão de que não será possível deixar de lado a questão da autotransformação. Qual a sua opinião sobre o assunto?

Sholokhov assentiu e disse:

— É verdade. (…) Somos todos criadores da nossa própria felicidade. Alcançar a felicidade depende de como nos lapidamos espiritualmente. Aqueles que possuem força interior conseguem mover a vida para uma direção positiva mesmo ao se defrontarem com os caprichos do destino. (…)

Inclinando-se para a frente na cadeira, Shin’ichi afirmou:

— Concordo inteiramente.

O budismo ensina como construir o eu mais forte e mais elevado que pode existir, para triunfar até mesmo sobre a mão mais implacável do destino. (…)

Sholokhov ouvia atentamente a explicação de Shin’ichi. Ele era um dos grandes escritores da União Soviética, uma nação comunista, mas concordava completamente com Shin’ichi sobre a importância do ser humano e sobre a necessidade vital da transformação interior.

A filosofia e a vida daqueles que são verdadeiros mestres na arte de viver sempre se harmonizam, em sua essência, com os ensinamentos do budismo. Nas profundezas de sua vida, esses indivíduos anseiam pela Lei budista.

(Capítulo “Construindo Pontes”)

Se houver virtude invisível, haverá recompensa visível.

A Virtude Invisível e a Recompensa Visível2

As ações despercebidas em prol do bem sempre trarão benefícios

Em 17 de setembro, a última noite da visita de Shin’ichi à União Soviética, a Universidade Estatal de Moscou organizou um jantar de despedida para ele e para a delegação japonesa, pouco antes de partirem para o aeroporto.

Shin’ichi quis transmitir sua gratidão aos estudantes da universidade que também estavam presentes.

Os estudantes haviam apoiado os visitantes japoneses de diversas maneiras no decorrer da viagem, permanecendo no hotel ao lado deles, ajudando-os com as bagagens e os deslocamentos, servindo como guias e providenciando refeições e carros. Shin’ichi desejava agradecer sinceramente aos estudantes tudo o que haviam feito. (…)

Aqueles talentosos estudantes muito provavelmente desempenhariam papel importante na promoção de laços de amizade entre os países no futuro, e Shin’ichi os via como seus jovens amigos. (…)

Os estudantes ficaram muito felizes pelo sucesso da primeira visita de Shin’ichi. Um deles comentou:

— Presidente Yamamoto, o senhor prestou uma extraordinária contribuição à história dos laços de amizade entre os dois países. Temos imenso orgulho de fazer parte disso.

Shin’ichi levantou-se no início do jantar para expressar sua sincera gratidão.

Ele disse:

— Alcançamos grande êxito em construir uma ponte da amizade entre Japão e União Soviética nesta viagem. Todos vocês que nos apoiaram nos bastidores tiveram papel fundamental nessa conquista. Gostaria de lhes agradecer do fundo do coração. Existe um sábio ditado no Oriente que afirma: “Se houver virtude invisível, haverá recompensa visível”.Ações efetuadas em prol do bem, mesmo que passem despercebidas, infalivelmente beneficiarão aqueles que a realizaram. Trata-se de uma filosofia muito importante para a nossa vida.

Todos os estudantes sorriram e concordaram balançando a cabeça afirmativamente.

(Capítulo “Construindo Pontes”)

(Traduzido da edição de 17 de junho de 2020 do Seikyo Shimbun.)

Assista

Veja o vídeo da série “Aprender com a Nova Revolução Humana”, volume 20

Notas:

  1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 390, 2017.
  2. Ibidem, p. 171.
  3. Ibidem.

Ilustração: Kenichiro Uchida

FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO