Aviões da FAB deixam a Colômbia com os corpos das vítimas rumo a Chapecó

ROTANEWS176 E UOL 02/12/2016 17h49                                                                                                                                                                                                                                                                                    Felipe Pereira/UOL

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Reprodução/Foto-RN176  O translado da vitimas do acidente é feito com honra militar

Os três aviões Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB), responsáveis pelo traslado da maioria das vítimas do acidente aéreo da Colômbia até Chapecó, decolaram da base aérea de Rio Negro, na região metropolitana de Medellín, no fim da tarde (início da noite no horário de Brasília) desta sexta-feira (2).

As aeronaves decolaram em intervalos de 15 minutos, com os dois primeiros aviões transportando 17 corpos, enquanto o terceiro levará 16 caixões até Chapecó.

Após parada de cerca de uma hora em Manaus para reabastecimento, as aeronaves da FAB têm previsão de chegada a Chapecó para as 8h da manhã de sábado (3), para depois seguirem até seus destinos finais. Parte das vítimas será velada na Arena Condá, estádio da Chapecoense.

Após cortejo de pouco mais de duas horas pelas ruas de Medellín, os 50 corpos chegaram à base aérea de Rio Negro no meio da tarde desta sexta. Os caixões foram reunidos em fileiras e acompanhados por militares em traje de gala para serem colocados nos aviões. Antes do embarque dos caixões, houve um minuto de silêncio e uma breve cerimônia religiosa. Eles entraram nos aviões da FAB sob marcha fúnebre.

“Fizemos uma cerimônia simples com honras militares para que deixem o solo colombiano como heróis”, afirmou o chefe da operação, o tenente-coronel Jonh Trujillo.

 Responsável brasileiro pela condução do processo de liberação dos corpos em Medellín, o embaixador do Brasil na Colômbia, Júlio Bitelli, falou sobre a carga emocional de trabalho nos últimos dias e destacou as mostras de solidariedade do povo colombiano.

“Foram dias de trabalho muito intenso, doído, mas ao final desta tragédia terrível, fica uma mensagem muito bonita de solidariedade entre os povos. Desde aquela homenagem maravilhosa no estádio, até iniciativas individuais”, afirmou Bitelli.

Felipe Pereira/UOL

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Reprodução/Foto-RN176  O translado tem a honro militares do Exercito e da Aeronáutica

O voo que transportava a delegação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, em Medellín, caiu na madrugada da última terça (29), matando 71 pessoas entre atletas, membros da comissão técnica, dirigentes e jornalistas brasileiros, além de sete tripulantes venezuelanos e bolivianos.

Parte dos jornalistas brasileiros, ligados à Globo e Fox Sports, tiveram seus caixões transportados por voos fretados pelas empresas. As vítimas venezuelanas e bolivianas também já havia deixado Medellín.

A principal suspeita do motivo do acidente é que a aeronave, operada pela Lamia, companhia boliviana que costumava transportar equipes e seleções sul-americanas em voos fretados, tenha sofrido uma pane seca – isto é, falta de combustível. As duas caixas pretas do avião foram encontradas e estão sendo submetidas à perícia das autoridades responsáveis.