Em prol da harmonia

ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 08/03/2020 09:15

EDITORIAL

O jazz é um estilo musical difícil de ser definido por causa de suas improvisações e os ritmos não lineares. Entendedores explicam que, em uma banda de jazz, cada integrante toca seu instrumento — trombone, contrabaixo, piano, trompete — expressando livremente sua individualidade, mas sempre ouvindo um ao outro em busca da harmonia entre si.

Essa é também a expressão do exercício budista dentro da SGI. Cada indivíduo manifesta a espontaneidade de ser quem é e, unindo-se aos demais companheiros, atua em perfeito equilíbrio, numa dinâmica  melodia conjunta da paz.

Certa vez, o jazzista mundialmente conhecido Herbie Hancock, em um diálogo com o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, citou seu mestre musical, o trompetista Miles Davis, e contou que, quando tocava com Miles, apesar da diferença de conhecimento musical entre eles, o nível da musicalidade ficava tão alto que tudo se elevava. E afirmou: “Por vezes descrevo essa situação como um resultado maior que a soma das partes” (Terceira Civilização, ed. 612, 17 ago. 2019, p. 32-40).

Ikeda sensei explica ser este o poder da relação de mestre e discípulo ensinada no budismo. “Fazer do impossível algo possível — eis a força da relação de mestre e discípulo. A barreira que um não conseguiria ultrapassar sozinho é superável com a combinação da força de ambos, tal é o poder dessa relação. Ralph Waldo Emerson escreveu: ‘Nosso maior desejo na vida é ter alguém que nos impulsiona a fazer aquilo que podemos fazer’” (Ibidem).

Nosso mestre, por meio das artes — música, fotografia, literatura — busca impulsionar os membros da SGI a fazer aquilo que têm o potencial de conquistar. Leia neste BS um especial que conta a relação de Ikeda senseicom a música e inspire-se. Veja nas p. 8 e 9.

Esta edição também traz para você, leitor, matéria especial dedicada a um assunto de utilidade pública: o coronavírus. Leia nas p. 10 e 11.

Ótima leitura!