ROTANEWS176 E POR AH 12/11/2021 11:00 Por Pamela Malva
O primeiro cão de guerra da história passou por ataques de gás, trocas de tiros de metralhadoras e encontrou soldados feridos
Reprodução/Foto-RN176 Stubby com suas várias medalhas – Wikimedia Commons
Foi enquanto acompanhava o 102º Regimento de Infantaria treinando em Yale, que Stubby começou sua carreira militar. O cachorro da raça American Staffordshire Terrier serviu ao exército americano durante 18 anos.
O pequeno filhote foi adotado, em 1917, pelo soldadoJ. Robert Conroy e recebeu o nome por causa deu sua cauda curta. De uma raça conhecida por ser persistente, atenta e corajosa, Stubby logo começou a entender como o batalhão funcionava.
Lentamente, o cão aprendeu a responder pelas chamadas de corneta, a fazer exercícios e a como saudar no comando, levantando sua pata direita. Logo, quando seu dono e a Infantaria foram mandados para a linha de frente da França, Stubby foi levado junto, contrabandeado no navio.
Em seus 18 meses servindo, em quatro ofensivas e 17 batalhas na Frente Ocidental, o primeiro cão de guerra da história enfrentou ataques de gás, trocas de tiros de metralhadoras, caminhou por terras que não estavam em combate e encontrou soldados feridos. Ele, inclusive, ficou sensível ao gás usado nos combates, o que o ajudava a alertar os soldados sobre a substância em outros momentos.
Sua maior honraria veio quando ele impediu um espião alemão de mapear as trincheiras aliadas. Com força, ele agarrou a perna do espião com seus dentes e apenas soltou quando soldados americanos chegaram.
Por esse ato heroico, Stubby foi promovido, pelo comandante da 102ª Infantaria, ao posto de sargento — pela primeira vez na história. Ele foi o cão mais condecorado de todos e recebeu os prêmios de Humane Education, Society Gold, Medalha de Honra e Wound stripe.
No episódio da retomada de Château-Thierry pelos Estados Unidos, mulheres da cidade fizeram, em homenagem ao animal, um casaco de camurça para Stubby. Nele, foram fixadas todas as suas muitas medalhas.
Quando a Primeira Guerra acabou, o cão já havia sido ferido por uma granada, sobrevivendo aos estilhaços no peito e na perna. Conroy levou Stubby de volta aos Estados Unidos, onde o animal viveu uma vida de celebridade.
Em terras americanas, ele participou de desfiles e conheceu os presidentes Woodrow Wilson, Calvin Coolidge e Warren G. Harding. Em 1921, quando seu dono passou a o Centro de Direito da Universidade de Georgetown, Stubby se tornou o mascote do time da faculdade — para divertir o público nos jogos de futebol, ele até empurrava a bola ao redor do campo.
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