ROTANEWS176 E POR EBIOGRAFIA 31/05/2021 19:22 Por Laura Aidar
Quando se pensa em grandes nomes da ciência, geralmente as mulheres não são lembradas. Isso devido à falta de estímulo para que ocupassem essa área do conhecimento.
Ainda assim, existem mulheres cientistas que se destacaram por contribuir com estudos e descobertas muito importantes para toda a humanidade.
- Marie Curie (1867-1934)
Reprodução/Foto-RN176 Maria Salomea Skłodowska, foi uma física e química polonesa naturalizada francesa ganhadora por duas vezes o prêmio Nobel da Paz e foi heroína na primeira guerra mundial
A polonesa Marie Curie nasceu em Varsóvia em 7 de novembro de 1867. Seu pai era professor de física e matemática.
Com dificuldade, Marie conseguiu se formar em física em 1893 e em matemática no ano seguinte, seguindo os passos do pai.
Seus estudos foram de enorme importância para a ciência, pois constatou a existência do polônio e do rádio, elementos químicos que contribuíram para a criação de tratamentos médicos como a radioterapia.
Marie Curie recebeu em 1903 o Prêmio Nobel de Física, se tornando a primeira mulher a alcançar tal homenagem.
Leia também: Biografia de Marie Curie.
- Hypatia de Alexandria (cerca de 351 a 370 d.C – cerca de 415)
Reprodução/Foto-RN176 Hipátia ou Hipácia foi a primeira filósofa, matemática e astrônoma
Considera-se Hypatia a mais antiga matemática do mundo. Nascida em Alexandria, no Egito, provavelmente entre 351 e 370 d.C, Hypatia foi uma mulher extremamente inteligente que se dedicou à filosofia, astronomia e matemática.
Teve incentivo do pai, Teón, também professor e matemático. Assim, a jovem conclui os estudos e torna-se professora e diretora da Academia de Alexandria.
Infelizmente sua obra foi perdida, assim como de outros estudiosos do período, mas sua relevância está no mapeamento e movimentação dos astros.
A morte de Hypatia foi dramática. Por volta de 415 d.C, a professora foi alvo de extremistas religiosos que viam os estudos científicos como maléficos. Assim, foi linchada e assassinada em espaço público.
Para saber mais, leia: Biografia de Hypatia de Alexandria.
- Anna Atkins (1799-1871)
Reprodução/Foto-RN176 Anna Atkins foi uma botânica e fotógrafa inglesa
A botânica e fotógrafa Anna Atkins entrou para a história como a primeira mulher a publicar um livro com fotografias.
Com o auxílio da cianotipia, uma técnica alternativa de registros de imagens, Anna catalogou diversas algas e publicou em seu livro Fotografias de British Algæ: Cyanotype Impressions.
Filha do químico John George Children, também foi estimulada desde a infância a estudar. Nascida em 1799 na Inglaterra, era raro as mulheres receberem esse tipo de incentivo na época.
Seu nome ficou por muito tempo esquecido, sendo resgatado a partir da década de 70.
- Florence Sabin (1871-1953)
Reprodução/Foto-RN176 Florence Rena Sabin, foi uma cientista médica norte-americana
Florence Sabin nasceu nos EUA em 9 de novembro de 1871. Sua atuação foi na medicina, onde fez investigações e descobertas importantes na área da anatomia, sistema linfático e sanguíneo.
Formou-se médica em 1900 e no ano seguinte publicou Um Atlas da Medula e Mesencéfalo, livro que se tornou referência para a medicina.
Depois que se aposentou, Florence dedicou sua vida ao ativismo a favor da saúde pública em seu estado, o Colorado.
- Ada Lovelace (1815-1852)
Reprodução/Foto-RN176 Augusta Ada Byron King, Condessa de Lovelace, atualmente conhecida como Ada Lovelace, foi uma matemática e escritora inglesa
Ada Lovelace nasceu em 1815 na Inglaterra e dedicou sua vida à matemática e à escrita.
Seu maior feito foi ter desenvolvido o primeiro algorítimo a ser processado por uma máquina. Por isso, ela é considerada a primeira programadora da história.
Seu pai era o poeta romântico Lord Byron, mas não teve influência em sua criação. Assim, Ada foi incentivada a estudar matemática pela sua mãe.
Trabalhou em parceria com o cientista Charles Babbage desenvolvendo a “máquina analítica”, vista como precursora dos computadores.
Ada faleceu aos 36 anos de câncer e sem reconhecimento em vida, só vindo a ter visibilidade depois que o cientista Alan Turing a citou.
- Gertrude Bell Elion (1918-1999)
Reprodução/Foto-RN176 Gertrude Belle Elion foi uma bioquímica estadunidense
A estadunidense Gertrude Bell Elion nasceu na primeira metade do século XX e desenvolveu importantes estudos sobre farmacologia, bioquímica, oncologia (estudo de tumores) e contaminações por vírus.
Concluiu o curso de química aos 19 anos e construiu uma sólida carreira, sendo homenageada com o Prêmio Nobel de medicina em 1988.
- Mária Telkes (1900-1995)
Reprodução/Foto-RN176 Mária Telkes foi uma cientista e inventora húngaro-americana que trabalhou com tecnologias de energia solar
Mária Telkes foi uma cientista húngara nascida em 1900 que teve grande relevância para as pesquisas sobre energia solar, o que lhe rendeu o apelido de Rainha do Sol.
Sua formação foi na Universidade de Budapeste, onde concluiu o curso de físico-química em 1920. Cinco anos depois Mária passa a viver nos EUA.
A cientista também desenvolveu um mecanismo capaz de dessalinizar a água do mar, transformando-a em água potável.
- Nise da Silveira (1905-1999)
Reprodução/Foto-RN176 Nise Magalhães da Silveira foi uma médica psiquiatra brasileira
A nordestina Nise da Silveira foi uma estudiosa no campo da psiquiatria que revolucionou os tratamentos de saúde mental no Brasil.
Nascida em fevereiro de 1905 em Maceió, Nise passa a viver no Rio de Janeiro a partir de 1927. Trabalhou no Hospital do Engenho de Dentro, no subúrbio carioca e lá implementa recursos terapêuticos usando a arte e a interação com animais.
Seu legado é importante, pois, através de muita luta e enfrentamento, consegue trazer um olhar mais humano e eficaz à psiquiatria e aos pacientes.
Para saber mais sobre a psiquiatra, leia: Biografia de Nise da Silveira
- Sônia Guimarães (1957-)
Reprodução/Foto-RN176 Sonia Guimarães é uma física brasileira, professora do Instituto Tecnológico de Aeronáutica
Uma mulher cientista com reconhecimento na atualidade é Sônia Guimarães. A brasileira nasceu em 1957 no interior de São Paulo é a primeira mulher negra doutora em física do país.
Sônia também foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira como professora de física no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Se formou em física pela Universidade Federal de São Carlos e especializou-sem em física moderna.
Além das contribuições no ensino de física, ela também atua como ativista pela educação de pessoas carentes e na luta feminista.