Com que coração?

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  27/11/2021 08:00

EDITORIAL

Reprodução/Foto-RN176 Foto do nome – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI

Há 65 anos, durante a Campanha de Osaka, Ikeda sensei revelava que os membros, mesmo em meio a dificuldades, avançavam com alegria, confiança e positividade, especialmente uma integrante da Divisão Feminina (DF). Ela sustentava a família sozinha vendendo peixes, depois que o marido faleceu na guerra. Com bom humor, Ikeda sensei a incentivou dizendo:

— Contanto que a senhora tenha ao menos o espaço de um tatame, poderá fazer o gongyo e conduzir diálogos.

Ela respondeu com o mesmo entusiasmo e um sorriso radiante:

— Bem, tenho quatro tatames e meio, então estou vivendo em um palácio!1

Com esse coração, ela passou a se dedicar ainda mais em prol do kosen-rufu, até se mudar para uma casa nova e grande, que oferecia para as reuniões. Mesmo após o seu falecimento, a família continua recebendo as pessoas com o espírito de gratidão ensinado por ela.

Ikeda sensei orienta:

Para onde direcionamos nosso coração? Quando nosso coração está focado em realizar o kosen-rufu com base na benevolente propagação — enquanto alinhamos nossa vida com a Lei Mística e lutamos junto com o nosso mestre e os demais companheiros —, sem falta atingiremos, com este coração, um vasto estado de vida do Buda como o universo. Quando reconhecemos profundamente esta verdade, não temos nada a temer ou lamentar.2

Nichiren Daishonin também elogia a nobreza do coração de uma de suas discípulas, a monja leiga Sennichi, para quem faz a célebre declaração de que “O que importa é o coração”.3 Ela e seu marido, Abutsu-bo, eram moradores da Ilha de Sado e se converteram ao budismo enquanto o Buda estava exilado lá. Durante mais de dois anos, o casal oferecia alimentos e materiais de escrita a Daishonin. Por protegerem o Buda e propagarem os ensinamentos dele, sofreram também perseguições.

Na mensagem para a 5a Reunião de Líderes da Soka Gakkai, publicada nesta edição, Ikeda sensei conta a história da monja leiga Sennichi, incentivando a todos que vivam com a convicção de que “O grande budismo da revolução humana faz manifestar essa força em si próprio e nos outros para criar uma sociedade cada vez melhor, rompendo a inércia e a apatia no coração ‘dia após dia, mês após mês’,4 e impulsionando um esplêndido progresso dinâmico da vida”.

Vamos ler esta edição com a convicção de criar o “Ano dos Jovens e do Progresso Dinâmico”, “pelo bem do mundo! Pelo bem do futuro!”.

Ótima leitura!

Notas:

  1. Terceira Civilização, ed. 568, dez. 2015, p. 6. / 2. Ibidem. / 3. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 267, 2019. / 4. Ibidem, p. 263.