Cientistas querem trazer ancestral extinto da vaca de volta à vida

ROTANEWS176 E POR BYTE 12/11/2022 18h20                                                                                                          Por Laura Intrieri

Auroques viveram na região do Reino Unido há mais de 3.000 mil anos

 

Reprodução/Foto-RN176 Os arouches viveram há pelo menos mais de 3000 anos Foto: Marcus Sümnick from Rostock, Germany, CC BY-SA 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>, via Wikimedia Commons

Um ancestral da vaca, que viveu na região do Reino Unido há mais de 3.000 anos, pode ser trazido de volta à vida através de uma manipulação genética com bovinos disponíveis no dia de hoje. É ao menos isso o que tentam fazer os cientistas envolvidos no Projeto Taurus, do ecologista Ronald Goderie.

Por mais que tenham sido, em termos práticos, extintos na Idade do Bronze, alguns vestígios apontam para uma sobrevida dos auroques, espécie animal, até o ano 1600 d.C. O Reino Unido, em especial, é rico em materiais arqueológicos que nos ajudam a entender um pouco mais sobre a espécie.

Uma das maiores coleções de pegadas pré-históricas da Terra fica ao longo do litoral no noroeste da Inglaterra: a praia de Formby. Pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, que estudam essas pegadas há mais de seis anos, apontam que alguns registros remetem a mais de 9.000 anos atrás.

“As pegadas lamacentas foram preservadas imediatamente após serem formadas, sendo assadas em clima quente, preenchidas com areia e depois cobertas por mais lama”, disse Alison Burns, que liderou o estudo, ao site Newsweek.

“Eventualmente, eles foram enterrados sob a areia e as dunas à medida que a costa se movia mais para o oeste. Eles não foram arrastados, pois foram enterrados por milênios.”

Reprodução/Foto-RN176 Esqueleto de um Arouche Foto: FunkMonk (Michael B. H.), CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, via Wikimedia Commons

Fósseis de arouque

Recentemente, uma moradora da cidade de Blyth, na Inglaterra, que caminhava despretensiosamente pela praia durante uma maré baixa, encontrou um crânio de arouque praticamente intacto, chamando a atenção de estudiosos e autoridades locais.

Como herbívoro-chave, o auroque desempenhou um papel importante na manutenção de paisagens antigas e na promoção da biodiversidade. As pegadas em Formby fornecem uma visão de sua densidade e distribuição durante o período mesolítico, aproximadamente 8.000-2.700 aC, quando suas populações prosperaram.

Agora, ao identificar raças modernas de vacas que contém características mais primitivas, a equipe do projeto Taurus está tentando fazer com que estes animais descendentes com características cada vez mais semelhantes aos auroques.

Com o tempo, a equipe espera que esse cruzamento produza um animal indistinguível de seu ancestral.