Em áudios, Robinho diz que “não está nem aí” e ameaça “dar soco” em vítima que o acusou de estupro

ROTANEWS176 E POR GAZETA ESPORTIVA 14/06/2023 12h40

A conversa foi possível ser ouvida em áudios que foram usados para a condenação na Justiça da Itália.

 

Robinho não acreditou que estava sendo condenado por estupro na Itália quando a informação chegou a ele pela primeira vez. Um ano após o crime, o ex-jogador tomou conhecimento quando estava em uma discoteca em Milão. A partir de então, começou a discutir com seus outros amigos, também acusados, de como iriam tratar da situação.

Reprodução/Foto-RN176 Robinho foi condenado por estupro na Itália, mas está no Brasil em liberdade Foto: Lucas Baptista / Futura Press Gazeta Esportiva

A conversa foi possível ser ouvida em áudios que foram usados para a condenação na Justiça da Itália, divulgados pelo UOL. Robinho estava no carro com Ricardo Falco, mas ambos não sabiam que o veículo estava grampeado.

O músico Jairo Chagas foi quem contou a Robinho que ele estava sendo chamado pela polícia para depor. No entanto, o ex-atleta, apelidado de “Neguinho”, riu da situação, rechaçou qualquer preocupação e disse que iria dar um soco na vítima: “Não estou nem aí”.

(Jairo) – A mina denunciou geral. Me chamaram para depois. A mina do Sio Café, do aniversário do Rudney. Estou falando sério, ela deu nome de todo mundo que estava lá.

(Robinho) – Eu estou fora, estou nem vendo. [Risos]

(Robinho) Por isso eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem eu sou. Mesmo se eles me chamarem para alguma coisa, não tem problema nenhum. Vou lá, vou falar: ‘Primeiro, o bagulho faz há um ano. Segundo, não toquei nem nessa mina’.

(Robinho) Se não sair na imprensa, está ótimo, está ligado? ‘Os amigos de Robinho pegam a mina à força na Itália’. Ó que fase.

(Robinho) P** no c* dos que come*** a mina. Que se f***. Você não com**, eu não com*. Vou falar a verdade e entregar na mão de Deus. Porque fiz p**** nenhuma.

Apesar de negar ter tido relações sexuais com a vítima, Robinho disse, posteriormente, que realizou o ato. Ele abdicava desta informação e declarava que tudo havia sido em consenso das duas partes.

(Robinho) Eu co** a mina, ela fez chupeta para mim e depois sai fora. Os caras continuaram lá.

(Ricardo Falco) Na moral, mano, isso aqui, ó? O Robinho com****, ela fazendo uma chupeta para o Alex, é verdade, mano. Como que a mina louca lembra desse bagulho?

(Robinho) Ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘P****, o que eu fiz contigo? Eu fiz alguma coisa?’

Relembre o caso

Robinho foi julgado em terceira e última instância na Justiça italiana há mais de um ano. Em novembro do ano passado, a extradição dele chegou a ser solicitada, mas a negativa aconteceu pelo Ministério da Justiça do Brasil baseada no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.

Dessa forma, a solução encontrada pela Justiça da Itália foi solicitar o cumprimento da pena no Brasil. No final de fevereiro, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou à Justiça não existir qualquer restrição no cumprimento da pena no país para um crime pelo qual foi condenado na Itália.

O caso aconteceu em 2013, em Milão. Segundo a sentença, Robinho e mais cinco amigos (Fabio Cassis Galan, Clayton Florêncio dos Santos, Alexsandro da Silva, Rudney Gomes e Ricardo Falco) estupraram uma mulher albanesa, sendo que ele e Ricardo acabaram condenados.

Os outros três homens deixaram a Itália durante as investigações e não foram processados. A pena é de nove anos de prisão, em última instância, proferida em janeiro de 2022.