Misteriosa “catarata de sangue” na Antártida intriga cientistas, veja!

ROTANEWS176 E POR UOL/DOL 04/11/2020 17:55

Cientistas concluíram que a cachoeira vermelha ficou intacta por milhões de anos sob mais de 400 metros de gelo.

 

RN176 Descoberto, na Antártida  pelo geólogo, australiano Thomas Griffith Taylor em 1911, o chamado ‘Blood Falls‘ (‘Cachoeiras de Sangue’)

Por mais de um século, uma cachoeira com águas vermelhas intrigou os cientistas do mundo todo que tentaram explicar o fenômeno bizarro. Ela está localizada nos vales secos de McMurdo, nas proximidades da Geleira Taylor, fluindo para o Lago Bonney. Além do espetáculo visual, a cascata também apresentam outra característica muito intrigante: ela nunca congela, mesmo quando as temperaturas chegam a -60° C.

Após várias hipóteses terem sido descartadas, uma equipe de pesquisadores desvendou o mistério da “catarata sangrenta”. Com o uso de radares, os especialistas conseguiram determinar que uma elevação do nível do mar ocorrida há 5 milhões de anos inundou o continente Antártico e gerou um lago subterrâneo de água salgada. Com o tempo, geleiras se formaram no espelho do lago, que foi então separado do restante da Antártida.

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RN176 Cachoeira de sangue da Antártida

De acordo com os cientistas, a cachoeira vermelha ficou intacta por milhões de anos sob mais de 400 metros de gelo. À medida que a massa de gelo crescia na superfície, o lago salgado ficava cada vez mais salgado, a ponto de hoje ter três vezes mais sal que a água do mar, fator chave para mantê-lo em estado líquido, já que sua temperatura permanece inalterada. Além disso, por não entrarem em contato com a atmosfera ou a luz solar, essas águas não possuem oxigênio.

RN176 Cientistas observa a cachoeira de sangue, denominada por eles na Antártida

Por fim, os especialistas descobriram que o segredo do vermelho intenso das águas está no altíssimo teor de ferro, que, ao subir à superfície, entra em contato com o ar e depois se oxida. O espetáculo da cachoeira de sangue da Antártida é reservado a poucos privilegiados, já que o local só é acessível por helicóptero, ou por alguns cruzeiros que navegam pelo Mar de Ross.