PF cumpre 48 mandados contra garimpeiros na terra yanomami

ROTANEWS176 17/08/2023 09:04                                                                                                                                Por Bruno Andrade

Operação Buruburu cumpre mandados em Roraima, Goiás, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro, e mira garimpo ilegal.

 

Reprodução/Foto-RN176 Ibama destrói balsa de garimpo ilegal na Amazônia – Ibama/PF

Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (17) a Operação Buruburu. Agentes  cumprem mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra pilotos e mecânicos de aeronaves utilizadas no garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, com o objetivo de desarticular parte da logística utilizada pelos garimpeiros.

Mais de 50 policiais executam, ao todo, 11 mandados de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e 19 mandados com medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

Além das diligências, a Justiça autorizou o bloqueio de cerca de R$ 308 milhões dos investigados, que moram em Goiás, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro. “As investigações tiveram início no começo deste ano”, diz a polícia.

“Após um levantamento da PF identificar quase uma dezena de aeronaves recorrentes em investigações contra o tráfico de drogas e o garimpo ilegal pertencerem a um mesmo empresário, que também seria proprietário de mais de 10 processos minerários na Agência Nacional de Mineração”.

O grupo investigado, segundo a PF, se divide em quatro núcleos. O primeiro responsável pelo financiamento, o segundo por esquentar o minério proveniente de áreas irregulares e o terceiro e quarto formado por pilotos e mecânicos, envolvidos no transporte do minério.

O inquérito da polícia indica que as aeronaves utilizadas no garimpo também atuavam em outros crimes, inclusive tráfico de drogas, e que alguns investigados já possuem antecedentes criminais por integrar facções criminosas.

Além dos 33 alvos de hoje, a PF apura o envolvimento de mais 36 suspeitos, totalizando 69 investigados, entre pilotos, mecânicos e empresários financiadores dos crimes.

O nome da operação faz referência à forma como indígenas Yanomami se referem às aeronaves.