Templo do pastor Valdemiro irá a leilão com lance inicial de R$ 38,5 milhões

ROTANEWS176 05/09/2023 11h47

Imóvel na zona sul de São Paulo foi penhorado para cobrir dívidas da Igreja Mundial do Poder de Deus.

 

Reprodução/Foto-RN176 Pastor Valdemiro Santiago é o fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus Foto: Eduardo Pinto/Divulgação / Estadão

Um templo situado em Santo Amaro, região central de São Paulo, pertencente à Igreja Mundial do Poder de Deus, liderada pelo pastor Valdemiro Santiago, foi penhorado e deve ser leiloado para cobrir dívidas. As informações são do Estadão. A congregação enfrenta uma crise financeira.

Embora o imóvel já esteja listado para venda na internet, o leilão está marcado para outubro. O lance inicial estabelecido é de R$ 38,5 milhões.

O imóvel possui cinco andares, abrange uma área de 46,8 mil metros quadrados e pode acomodar até 20 mil pessoas. Além disso, o estacionamento oferece quase mil vagas para veículos.

O Terra tentou contato com a Igreja Mundial do Poder de Deus, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

Imóvel penhorado em dois processos

O edifício encontra-se penhorado em pelo menos duas ações judiciais. A mais avançada é uma ação de despejo relacionada ao não pagamento de aluguel e contas em relação a outra propriedade, conforme detalhado no processo.

Embora a Igreja Mundial do Poder de Deus tenha interposto um recurso alegando que o templo em questão vale muito mais do que a dívida acumulada, o juiz Augusto Rachid Reis Bittencourt Silva, da 1ª Vara de São Joaquim da Barra determinou a realização do leilão.

De acordo com o Estadão, este mesmo imóvel também está na mira da Justiça para quitar uma dívida de R$ 70 mil relacionada a honorários advocatícios. O juiz Diogo Volpe Gonçalves Soares, da 3ª Vara de Ubatuba, no litoral Norte de São Paulo, chegou a ordenar a penhora de 10% da arrecadação do dízimo da congregação para quitar o valor.

A igreja também recorreu no âmbito deste processo e tentou manter a propriedade, mas o pedido foi rejeitado pelo juiz, que afirmou: “A execução visa satisfazer o crédito do requerente, devendo ser realizada em seu benefício e não no do executado. Registre-se que não há base para alegar excesso de execução, portanto, nego o pedido formulado pela Igreja Mundial do Poder de Deus e mantenho a penhora já realizada”.

FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO