Vaginismo atinge 1 a cada 10 mulheres; saiba o que é, sintomas e como tratar

ROTANEWS176 E POR ALTA ASTRAL 03/05/2023 18h53                                                                                          Por Raquel Barreto

Mulheres que sofrem de vaginismo têm dificuldade em manter relações sexuais e até de realizarem exames ginecológicos; saiba mais.

 

Reprodução/Foto-RN176 Vaginismo é uma disfunção que impacta a vida sexual da mulher – Foto: Shutterstock / Alto Astral

Recentemente, a cantora Meghan Trainor declarou no podcast “Workin’ On It” sofrer de vaginismo. A condição, que atinge uma a cada dez mulheres, é caracterizada pela contração involuntária dos músculos da vagina, dificultando a penetração.

“De forma sucinta, o vaginismo é quando a mulher não consegue permitir a penetração, seja do pênis, de aparelhos para exames ginecológicos e até mesmo, em alguns casos do próprio dedo”, explica Débora Pádua, fisioterapeuta especialista no tratamento de vaginismo.

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O vaginismo também é uma das principais causas da dispareunia, que causa dor intensa durante a relação sexual com penetração, seja na entrada do pênis ou no intercurso sexual. O resultado disso são mulheres casadas por anos e ainda virgens.

“Mulheres com 20 anos de casamento e com baixa autoestima, em alguns casos depressivas por se sentirem menos mulheres que outras. Mulheres que são traídas e todos acreditam que o motivo é aceitável, pois elas não têm relação com o marido e muitas não conseguem ter filhos ou precisam de fertilização para isso, já que o pênis não entra no canal vaginal”, comenta a especialista.

O que causa o vaginismo?

Existem diversos fatores que podem desencadear a dor na relação sexual, entre eles traumas, medos, alterações hormonais e lesões causadas por cirurgias ginecológicas. Até a radioterapia pode modificar a estrutura vaginal e assim favorecer o surgimento do desconforto, dificultar ou impedir a penetração, reduzir a elasticidade e até provocar outras alterações na região do períneo. “É como se a mulher criasse uma barreira que a impede de ter a penetração total. Muitas conseguem parcialmente apenas e outras, nem isso”, conta a profissional.

Tratamento

De acordo com Débora, tanto o vaginismo quanto a dispareunia são condições tratáveis. O tratamento é multidisciplinar, feito por ginecologista e um fisioterapeuta. Isso porque, na maioria dos casos, existe uma tensão muscular local que faz com que o canal vaginal permaneça contraído exigindo a fisioterapia pélvica.

Logo, o tratamento pode incluir massagem perineal, eletroestimulação, dilatadores vaginais e exercícios apropriados para a melhora da disfunção. Assim, em cerca de 2 a 3 meses a mulher já sente o corpo voltando ao normal.