Ziraldo ajudou a fundar “O Pasquim”: conheça o jornal de oposição à Ditadura

3-VÍDEO: MOSTRA A IMPORTÂNCIA DO CARTUNISTA PARA O PAÍS E O MUNDO!-

ROTANEWS176 06/04/202419:13                                                                                                                                Por Fernanda Pinotti 

Cartunista, desenhista e escritor morreu na tarde deste sábado (6), aos 91 anos.

 

Reprodução/Foto-RN176 Ziraldo foi um dos fundadores do jornal “O Pasquim”.TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE e Reproução/ Memorial da Democracia

Além de criador de histórias e personagens clássicos da literatura infantil brasileira, Ziraldo também foi um dos fundadores do jornal “O Pasquim”, no fim dos anos 1960.

O cartunista, desenhista e escritor morreu na tarde deste sábado (6), aos 91 anos.

Um dos principais veículos da época, “O Pasquim” se tornaria símbolo de oposição ao regime militar durante a Ditadura, usando do humor e sarcasmo para driblar a censura com suas críticas.

Essa nova forma de fazer jornalismo, de maneira mais irreverente, também impactaria o resto da imprensa nacional, inclusive os grandes veículos.

Ziraldo foi um dos fundadores e chegou a dirigir o periódico, que nasceu em 1969 — um ano após a edição do Ato Institucional nº 5 — como um espaço para os jornalistas, artistas e humoristas que se opunham aos militares.

Ao seu lado, estavam jornalistas, artistas e intelectuais como Millôr Fernandes, Tarso de Castro, Henfil, Ivan Lessa, Sérgio Cabral, Claudius, Fortuna, Luís Carlos Maciel, entre outros.

O impresso era chamado de “rato que ruge” por conta da alta repercussão, mesmo contando com uma pequena redação. Nos seus melhores anos, entre 1969 e 1973, a publicação chegava a 250 mil exemplares.

Reprodução/Foto-RN176 Charge de Ziraldo em “O Pasquim” de 14 de janeiro de 1971. / Acervo da Imprensa de Resistência/ Instituto Vladimir Herzog

Quase toda a redação de “O Pasquim” foi presa em novembro de 1970 e permaneceu na prisão até o início de 1971, inclusive Ziraldo, período no qual o jornal continuou circulando com os poucos colaboradores que não estavam atrás das grades.

Em 2008, Ziraldo e outros jornalistas perseguidos durante o governo militar tiveram seu processo de anistia aprovado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

O alvo do jornal mudou após a abertura política de 1985, mas seguiu como oposição ao governo, e a publicação de “O Pasquim” seguiu até o início dos anos 1990.

RN176; Assistam aos três-vídeos, de Ziraldo; cartunista, chargista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, caricaturista, poeta, cronista, desenhista, apresentador, humorista e jornalista. O primeiro-vídeo da Itatiaia retrata quem foi e quem era  Ziraldo Alves Pinto o segundo-vídeo Ziraldo concede  entrevista a equipe da livraria Saraiva em 2012 e o último e terceiro-vídeo foi ao programa de entrevista da TV CULTURA RODA VIVA. em 2018. Deixe o seu comentário da importância do cartunista para vida cultural, política e democrática do país?